Um poema épico - por Eva Potiguar
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*Liberdade antes que tardia*
Ele preferiu sonhar num mundo real sem opressão...
Poderia ter ficado na janela vendo corpos levados em cadeias.
Mas ele olhou de semblante endurecido o flagelo de homens e mulheres retalhados e ficou arquitetando uma reviravolta social por heróis sem capas coloridas.
Era um idealista? Um romântico sonhador? Talvez um louco por escolher lutar ao invés de se calar, de se aquietar na sua janela colonial e se conformar com a sua sorte de ser homem, branco, livre, ter seu sustento e uma casa para pousar...
Porem, ele não se sentia livre. Estava preso e amarrado aos seus ardentes desejos por liberdade e justiça.
Não havia para ele outro caminho...
Não havia o que esperar...
A decisão era lutar ou morrer lutando...
Saiu da janela, desceu as escadas, se desfez de suas economias e de mantimentos valiosos que juntara com muito ardor. As sacas de farinhas, de café e de açúcar... eram outras espécies de ouro também... serviriam para comprar cavalos e armas, serviriam para preparar a guerra e prover a batalha em nome da liberdade tão esperada.
Ele não estava só. Havia outros loucos por liberdade, justiça e cidadania para todos.
Porém, tinha alguém que não era louco, que preferia pensar em sua própria pele e não dar “uma de herói”. Era uma criatura que enxergava o valor da escravidão e da exploração das minas, como “um mal necessário” ao progresso e a manutenção da riqueza de seus líderes poderosos. Era com eles que deveria se aliar e não com loucos sonhadores por igualdade social.
E a luta, a batalha pela liberdade e independência do país ficou nos planos de um sonhador... um Zé ninguém! Um tal de José Joaquim da Silva Xavier, vulgo “Tiradentes” que findou denunciado por quem não enxergava além de seu bolso e de sua ambição.
Ele assumiu a autoria de seu crime pela liberdade contra a opressão dos nobres da coroa e foi preso, açoitado, torturado para entregar seus companheiros. Mas ele se calou. Emudeceu perante toda a atrocidade... sua bandeira falava, clamava e chorava por ele... até hoje, até agora, sua bandeira chora...
Mas ela chora pelos seus irmãos sonhadores e românticos de todas as raças e cores...
A sua bandeira hoje se levanta semelhante a um espírito ressuscitado em pleno dia da Páscoa cristã...
A sua bandeira revive nos corações dos que ainda teimam em sonhar com a liberdade e com a justiça e a paz em sua terra mãe gentil...
Óh loucos sonhadores que olham além das janelas de seus quartos, de seus barracos, de seus casebres e becos, não deixem morrer o sonho, a luta, a chama que arde em seus corações. Vamos abrir essa bandeira e unir-nos como uma só corda que não se arrebenta, que não enforca e que não solta nenhum irmão!
Poderia ter ficado na janela vendo corpos levados em cadeias.
Mas ele olhou de semblante endurecido o flagelo de homens e mulheres retalhados e ficou arquitetando uma reviravolta social por heróis sem capas coloridas.
Era um idealista? Um romântico sonhador? Talvez um louco por escolher lutar ao invés de se calar, de se aquietar na sua janela colonial e se conformar com a sua sorte de ser homem, branco, livre, ter seu sustento e uma casa para pousar...
Porem, ele não se sentia livre. Estava preso e amarrado aos seus ardentes desejos por liberdade e justiça.
Não havia para ele outro caminho...
Não havia o que esperar...
A decisão era lutar ou morrer lutando...
Saiu da janela, desceu as escadas, se desfez de suas economias e de mantimentos valiosos que juntara com muito ardor. As sacas de farinhas, de café e de açúcar... eram outras espécies de ouro também... serviriam para comprar cavalos e armas, serviriam para preparar a guerra e prover a batalha em nome da liberdade tão esperada.
Ele não estava só. Havia outros loucos por liberdade, justiça e cidadania para todos.
Porém, tinha alguém que não era louco, que preferia pensar em sua própria pele e não dar “uma de herói”. Era uma criatura que enxergava o valor da escravidão e da exploração das minas, como “um mal necessário” ao progresso e a manutenção da riqueza de seus líderes poderosos. Era com eles que deveria se aliar e não com loucos sonhadores por igualdade social.
E a luta, a batalha pela liberdade e independência do país ficou nos planos de um sonhador... um Zé ninguém! Um tal de José Joaquim da Silva Xavier, vulgo “Tiradentes” que findou denunciado por quem não enxergava além de seu bolso e de sua ambição.
Ele assumiu a autoria de seu crime pela liberdade contra a opressão dos nobres da coroa e foi preso, açoitado, torturado para entregar seus companheiros. Mas ele se calou. Emudeceu perante toda a atrocidade... sua bandeira falava, clamava e chorava por ele... até hoje, até agora, sua bandeira chora...
Mas ela chora pelos seus irmãos sonhadores e românticos de todas as raças e cores...
A sua bandeira hoje se levanta semelhante a um espírito ressuscitado em pleno dia da Páscoa cristã...
A sua bandeira revive nos corações dos que ainda teimam em sonhar com a liberdade e com a justiça e a paz em sua terra mãe gentil...
Óh loucos sonhadores que olham além das janelas de seus quartos, de seus barracos, de seus casebres e becos, não deixem morrer o sonho, a luta, a chama que arde em seus corações. Vamos abrir essa bandeira e unir-nos como uma só corda que não se arrebenta, que não enforca e que não solta nenhum irmão!
Salve irmão Tiradentes!! Salve a Liberdade antes que tardia! Salve! Salve!!!
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Eva Potiguar, é a identidade artística de Evanir Pinheiro.
Escritora/poeta, Doutora em educação pela UFRN, membro da SPVA/RN e ALAMP, membro imortal da Academia de Letras e Artes do Brasil, da Seccional Campos de Goitacazes/RJ, membro da Academia de Letras e Artes de Lisboa/Portugal - NALAP, membro da Acádemie Luminescence de Letras, Artes e Ciência da França.
atua na área de formação de professores de Pedagogia e de Arte-educação.
Suas principais publicações solos na poesia “Do casulo à borboleta”, na literatura infantil, “Gatos diversos”.
Tem publicações em dezenas de antologias
Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, como ativista social pelas causas culturais e ecológicas do RN. Sua prática se expressa por meio de espetáculos e performances teatrais em saraus e recitais poéticos com produções líricas e lúdicas, especialmente, de caráter popular e indígena.
Escritora/poeta, Doutora em educação pela UFRN, membro da SPVA/RN e ALAMP, membro imortal da Academia de Letras e Artes do Brasil, da Seccional Campos de Goitacazes/RJ, membro da Academia de Letras e Artes de Lisboa/Portugal - NALAP, membro da Acádemie Luminescence de Letras, Artes e Ciência da França.
atua na área de formação de professores de Pedagogia e de Arte-educação.
Suas principais publicações solos na poesia “Do casulo à borboleta”, na literatura infantil, “Gatos diversos”.
Tem publicações em dezenas de antologias
Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, como ativista social pelas causas culturais e ecológicas do RN. Sua prática se expressa por meio de espetáculos e performances teatrais em saraus e recitais poéticos com produções líricas e lúdicas, especialmente, de caráter popular e indígena.
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