Zezé Freire | 4 poemas
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VOLÁTIL...O TEMPO
Segundos,
minutos, horas, dias,
correm...
Como
“trens bala”
em
recordes de 560km/h
Voam...voam...voam...
É
manhã e já chega a noite
É
segunda e já chega o domingo
É
janeiro e já temina o ano...
Sou
criança e brinco de amarelinha
Sou
mocinha e namoro no portão
Sou
adulta e embalo os meus bebês
Sou
madura e o tempo ficou líquido,
Ficou
volátil ...
Criou
rodas, criou asas...virou foguete!
Monika Luniak |
AMAR E VIVER (SEM COMPASSOS, MÉTRICAS OU RIMAS)
Tanto que lera e ouvira
E, talvez... nem aprendera!
Sobre a importância das
criaturas no contexto da existência
E com elas, nelas e por
elas, O AMOR
O
AMOR
que se manifesta em cada olhar, abraço e gesto de presença.
O
AMOR
que se manifesta em cada segundo, horas e dias
O
AMOR
que prioriza a paciência, o carinho e o perdão
O
AMOR
que se doa sem projetar recompensas,
Simplesmente...
AMAR!
Simplesmente...
VIVER!
Tanto que vivera e
sofrera
E, certamente...
aprendera!
A importância das
criaturas para a harmonia do universo
E para elas, por elas e
nelas, o sentido da VIDA!
A VIDA que se manifesta em
apogeus: concepção, nascimento e
desencarnação.
A
VIDA
que se manifesta nas buscas, encontros e parcerias.
A
VIDA
que coloca o direito do outro em igualdade com o seu
A
VIDA
que se regozija sem necessitar de shows
Simplesmente...
VIVER!
Simplesmente...
AMAR!
Monika Luniak |
POEMA EM UMA MADRUGADA BÊBADA
Mistérios! Contradições!
Tudo me assombra nessa madrugada bêbada!
Nela, sinto o peso da miséria
do meu próximo, bem próximo!
Assim, minha miséria.
Estou cansada, exausta!
Aprendi a camuflar minhas verdades.
Será?
Caminhei tanto e ainda não sei o que
fazer da vida,
dos dias que me forem dados,
...
que, já não serão tantos!
Eu,
que abomino a embriaguez,
entornei taças de vinho.
Precisei delas para viver esta
madrugada,
na qual reflito desilusões,
–
minhas e dos que fazem parte de mim.
Jane Nystrom |
A REDE LARANJA
Mágica,
a rede laranja
há tantos meses recolhida em luto
recebe-me novamente em perfeito regaço
acalentando-me
compreendendo os
meus devaneios
nas tardes silenciosas do quintal
onde recebo a brisa morna
passeio pelos livros
conhecendo pessoas e
lugares
que ampliam o meu universo
o meu ser.
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Zezé
Freire -
Maria José Cordeiro Freire, pesqueirense-PE, residente em Recife-PE, graduada em
Matemática e Habilitação Básica em Saúde, exerceu o magistério em Pesqueira, Arcoverde, Paulista e Recife. Integrou equipe técnica de saúde escolar na Secretaria
de Educação do Estado de Pernambuco; equipe técnico-pedagógica nas secretarias
municipais da Prefeitura de Pesqueira ( Educação, Saúde e Assistência Social e
Cidadania ). Escreveu para o Jornal Pesqueira Notícias – Coluna
Pessoas; Lançou em 2013 o seu primeiro Projeto literário Na Janela do Tempo (Editora
Schoba). Atualmente colabora com crônicas e
poesias para o Blog O abelhudo (por Paulinho Muniz).
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