Preta em Traje Branco | Ana Paula de Oya em Tríade de Versos
Ana Paula de Oya em Tríade de Versos
Xirê
Motumba
a todos os Orisás!
Esu, que me dá caminhos,
Ogum, que me mantém na trilha aberta e
certa.
Osóssi, que não me deixa perecer na falta
da fartura.
Omolu, que não me deixar faltar a saúde e
energia.
Ossain, que não me deixa esquecer da minha raiz.
Osumare, que me abençoa com arco-íris e
chuvas de transformações.
Iroko, que me faz firme.
Logun, que me deixa contemplar as belezas.
Osum, que me enche de riquezas, também as
de sentimento.
Iemanjá, mãe que me acolhe.
OYA, o vento que me aponta o certo e o
errado, força que move, mãe que me ensina.
Oba, que não me deixa desanimar nas lutas.
Ewa, que não me permite deixar de sonhar e
concretizar os sonhos.
Nanã, que me abençoa com mais um ano de
vida.
Sangô, que me mostra a justiça certa de
Orisá.
Osalá, que molda a cada dia minha Ori.
Ibejis presentes na alegria inocente de
cada momento de felicidade.
Que no Sirê da vida esses sempre venham ser meus alicerces, minhas bases de amor e proteção!
Asé, asé, asé!
Florescer.
O tempo às vezes fecha as janelas, corre por fora da casa, passeia ávido
pelo quintal, até que um dia ao invés de abrir novamente as janelas para
arejar, o tempo abre as portas.
Portas laterais, dos fundos, da frente para que todos possam ver com
clareza os novos dias e a evolução que acontece, sem que tivéssemos como de
dentro olhar.
Convida a todos para que saiam de seus casulos e percebam o crescimento
das plantas sem que as mesmas precisassem se soltar de suas raízes. É o novo
florescer acontecendo.
Tempo, evolução e crescimento caminham juntos.
Orquídeas e cravos se misturam, para florescer no jardim da amizade. Convidam-se sem alarde a desfrutar de momentos juntos.
Ninguém precisa ser testemunha de sua própria evolução, a não ser que
você queira.
O crescimento dos cravos, orquídeas é pessoal e coletivo ao mesmo tempo. Somente as verdadeiras flores desse jardim percebem e reconhecem o seu crescer.
Floresçam!
"Rejuvenescimento está na convivência com os mais novos.
Sabedoria na convivência com os mais velhos.
O meio termo é o privilégio de viver entre dois tempos e aprender com
ambos.
Reconheça suas raízes, seja caule que sustenta folhas e flores.
Seja a ponte entre raiz e frutos.
Desfrute do prazer do meio termo entre gerações.
Tenha humildade para aprender com o ciclo que é a vida...
Circular, se colar, deixa estar...”
Já fui Ana Paula, Paulinha, Orquídea e agora Ana Paula de Oya e sempre grata por aqueles que ajudam meus versos voar... Gratidão
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