|coluna 13| Fala Aí - Os Poemas que o Diabo Amassou por Adriana Mayrinck

                                  

                        

Poesia nua e crua, igual a terra árida do Sertão Nordestino. Poesia latente e desbravada, igual a semente que rasga o solo em busca de sol. Poesia transbordante e verdadeira, igual a chuva que cai, após a seca castigante, com trovoadas e relâmpagos. Poesia que transcende a memória, a história, o tempo, a imagem. Poesia sentida, vivida e pisoteada. Poesia dolorida pelas adversidades e lutas da vida. Poesia de resistência e alerta em gritos silenciosos e torturados.

Poesia de amor, embalada em uma rede feita à dois – e que se propaga.


Poesia ferida, que traz marcas de tempos difíceis. Poesia libertadora que atravessa oceanos e voa como pássaro que faz ninho em todo lugar. Poesia que transforma, que chama, que arrebata. É assim, a poesia de Inêz Oludé da Silva. Despida, autêntica, forte, e sobretudo, pincelada de arte!


Arte da palavra, do sentir, do experimentar o mundo tal como é. Sem máscaras, sem comodismos, sem melindres. Arte que jorra e se deixa espalhar com a coragem de uma mulher que tece fios e se reveste de vermelho, por dentro e por fora. O vermelho abrasado, sanguíneo, afogueado que representa as primeiras pincelada sem uma tela em branco, que se chama vida.


Os poemas que o diabo amassou é vida pura, poesia e arte. Um livro construído por esta mulher/poeta/artista/militante que vê o mundo de cima, em seus voos e além dos horizontes.
Mas finca seus pés nas terras por onde passa. Deixa nas telas, nos livros, nos vídeos, no coração de quem tem a imensa honra de conhecê-la, pinceladas inapagáveis com a sua marca registrada, que é o sorriso e a palavra. No papel e no eco - talhada, tatuada, gravada com o vermelho vivo das suas memórias - de amor e ódio. Mais amor que espalha, menos ódio - que combate. Não há metáforas ou subjetividades. A palavra está, tal como é, em sua perfeição linguística. Cada página deste livro é envolvida e absorvida pela magia da poesia que Inêz conhece como ninguém. O poder de transformar e a fórmula para esta alquimia, talvez esteja envolvida pela poeira quente e o vento de onde veio, ou arrebatada pelo sol que tráz - no olhar.


Adriana Mayrinck

OS POEMAS QUE O DIABO AMASSOU 
de Inêz Oludé da Silva

Saiba Mais:


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Produção:
Edição, Assessoria Literária e Eventos 



                        

Inêz Oludé da Silva

Artista artivista, poeta subversiva, com formação em história da arte, arqueologia e pintura monumental. Membro fundadora da coalizão de artistas da Unesco pela difusão da história da geral da África e diretora do Museu-Valise da história da escravidão, parceiro da Onu-Unesco. Participou em coletâneas das editoras In-Finita e Helvétia. Ed. Harmattan, Paris, Depoimentos, 68, a geração que queria mudar o mundo, ed.Marcas da memória, Ministério da Justiça. No prelo: Cartas de Amor e de ódio, ed Kotter. Lançamentos 2021: Poemas que o diabo amassou, ed. In-Finita. Inéditos Pássaros pátio, Revoada para a Paz ,Aurora Boreal de Lembranças e As águas da memória.

Arts publiques, peinture monumentale, histoire de l’art, littérature et journalisme culturel Directrice du Musée-Valise de l’Histoire de l’esclavage/soutenu par l’Unesco Onu http://musee-valise.simplesite.com/

Peintures https://inezolude.wixsite.com/peintures


                                   

Convite: Sejam muito bem-vindas(os)!

Presencial na Livraria Barata 
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