REFLEXÃO SOBRE O LIVRO E A LITERATURA NO DIA MUNDIAL DO LIVRO | VANESSA RATTON
Reflexão sobre o Livro e a Literatura
no Dia Mundial do Livro
Criado em 1995, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais, o Dia Mundial do Livro, 23 de abril foi escolhido em tributo aos escritores Miguel Cervantes (Espanha), Inca Garcilaso de la Veja (Peru) e William Shakespeare (Inglaterra) que, coincidentemente, morreram nessa data em 1616.
Vanessa Ratton, que é escritora infantojuvenil, coordenadora editorial da Amare, professora de Literatura na Escola Teia Multicultural em São Paulo, e integrante da diretoria da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ), instituição nacional, acredita que todo esforço para promover a leitura e a literatura são extremamente importantes. “Principalmente, quando falamos da literatura infantil, pois, muitas vezes, é através dela que a criança vai ter seu primeiro contato com a arte: a literatura, as artes plásticas (ilustrações), a poesia e até o teatro, pois texto dramático também está presente no formato livro.”.
E continua: “Imagina se cada prefeitura, através da sua secretaria de educação, realizasse um evento literário com a presença de autores nacionais e da sua cidade e região? Cada escola poderia ter uma verba e fazer um vale para cada aluno poder comprar o livro que mais gostasse, dentro dos que estariam nesse encontro, não apenas o escolhido pelo professor. Essa feira de livros e o próprio bate papo com os autores poderiam acontecer abertos à comunidade, para que os pais, os irmãos e os avós também pudessem participar. Esse é meu sonho”.
Para a escritora, as escolas e as biblioteca públicas têm uma grande missão: ter pessoas especializadas em mediação da leitura e apresentar esse mundo multicultural. Há dois anos ela mantém uma coluna quinzenal no jornal A Tribuna de Santos para divulgar obras infantis e juvenis. A única exigência é que as obras sejam enviadas a ela, que doa os livros para bibliotecas de entidades que trabalham com crianças e jovens. Interessados em divulgar suas obras podem conversar com ela por e-mail: vanessaratton@gmail.com
“O livro é um tapete voador, ele pode nos levar para outros países, realidades e culturas diferentes. Sim, ele amplia nosso vocabulário, nos ensina a escrever e a falar melhor, mas, acima de tudo, nos estimula a imaginar e a refletir sobre a nossa realidade. Podemos estar sem companhia, mas nunca estaremos sozinhos, pois estamos mergulhados no mundo daqueles personagens e experimentamos todas as sensações e conflitos deles. E tudo isso pode ser com leveza, humor, poesia, fantasia, ou até mesmo sofrimento, mas isso nos torna seres humanos melhores”.
Vanessa cita o PNLD Literário, promovido pelo governo federal para levar obras aos leitores gratuitamente através da escola; os Prêmios, da AEILIJ, Biblioteca Nacional, Jabuti, e de algumas prefeituras, como Belo Horizonte e Manaus; além das feiras literárias, são as principais ferramentas de divulgação e circulação da literatura e valorização do autor.
Ela conta que este ano, a AEILIJ, entre outras entidades, pleiteia integrar um conselho diretivo para debater o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL) com o governo. “Esperamos contribuir para o fomento da literatura e da produção de obras qualificadas com acesso de todos. Ao mesmo tempo que precisamos garantir que os autores e ilustradores consigam viver da sua arte, combatendo os PDFs que são livros piratas, precisamos garantir que o livro chegue ao mercado com um preço mais acessível, por isso, ações como baixar impostos da produção gráfica e o registro módico dos correios são importantes. Há milhares de empregos que dependem da indústria do livro: autores, ilustradores, diagramadores, editores, editoras, livrarias, gráficas etc. ”.
Que maravilha de ensaio (Mário Bróis).
ResponderExcluirMuito ricas informações!
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