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Mostrando postagens com o rótulo Adriane Garcia

A POESIA DE ADRIANE GARCIA | Projeto 8M

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(fotografia do arquivo pessoal da autora) 8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje é dia de maravilhas poéticas da fantástica escritora  ADRIANE GARCIA : 1) UM DEUS NOS ACUDA Quando a gente precisa E o outro também precisa É um deus nos acuda Um corre pra cá um corre pra lá Uma fila de formiga (no meio) quando uma folha cai. (* poema publicado no livro 'O nome do mundo') (capa do livro O nome do mundo ) -*-*-*- 2) DE MEU ÂNGULO  Estou de cabeça para baixo Todos estão, mas só eu percebo O céu embaixo de minha cabeça  Se olho para cima só vejo Terra E acima de mim é pura superfície  O difícil é essa posição incômoda  O mar não é profundo  P

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Nívea Sabino, Simone Andrade Neves e Paula Fábrio

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[Nívea Sabino] SEM MEDIR FALA Digo que a revolução será debochada Segue comigo vai ser rimada poetizada Te apresento em versos – a maior luta armada – Negra dominando a fala e a palavra por essa eu sei Que cê não esperava (fez de mim escrava) Filha da… empregada! que procurava vaga na escola “fraca” que não era paga Vim dizer que você fraquejou no plano de oprimir a negrada Lá na minha quebrada a gente rima “favelada” com” empoderada” Sapatão é as minas que irão te mostrar que seu “liliu” na mão diante do meu “não” é uma piada Ei, macho alfa! – Sofre não! Sofre não…! Nenhuma mulher mais independente da cor ficará calada enquanto houver outras violentadas Violeta é a cor que marca a luta de resistência ao roxo que ocê deixou Preta nagô, nagôôô… Vamos dizer do tanto que Dandara lutou Cê acha mesmo que só barbado resistiu ao escracho!? Eu sangro! – Faça-me o favor! Não passará,

Preciosidades Antológicas 02 - três autoras

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|  coluna 02  | Preciosidades Antológicas - três autoras Adri Aleixo, Adriane Garcia e Ana Elisa Ribeiro por Chris Herrmann Na coluna de hoje, destacamos o poema de três autoras mineiras da nossa I Antologia Digital de Poesia Porque Somos Mulheres . Foram 149 poetas selecionadas e/ou convidadas das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito selo Revista Ser MulherArte, 2020

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Thais Guimarães, Cinthia Kriemler e Micheliny Verunschk

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[Thais Guimarães] GRAU DE VISÃO envelhecemos e não há forma amena para contar tempo o que passou a imagem devolvida pelo espelho diz tudo sem palavras os olhos já não veem (sem óculos) o que não precisa ser visto [Cinthia Kriemler] FÉRETRO somos tantas as que vivemos carpimos rezamos trepamos amamos partimos somos tantas que me confundo sobre qual de nós morreu desta vez [Micheliny Verunschk] “Ora, se nunca se anunciara com tal fervor a existência de santos suicidas é que nunca antes se oferecera o patronato de um desses santos aos próprios suicidas. Nunca existira um alguém que intercedesse por essas almas. Alguém que soubesse na carne e no espírito os caminhos e descaminhos que levam ao ato extremo. E é a história desse santo, sua vida e morte, seu polêmico percurso, que aqui se vai relatar. Melhor dizendo, dessa santa, porque cabe às mulheres desde sempre, de Pandora a Eva, a faísca da subversão, a

A poesia imensa de Adriane Garcia

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"Passeio com Vincent" de LucianeValença Oftalmológico Um céu tão amplo O mar este vasto O mundo grande A perder de vista De repente céu Para além da ponta Dos edifícios Miopia é vício De só enxergar De perto. "Céu" de Luciane Valença Poema para um sábado Luz amena O céu coberto de Manta de algodão Experimenta a preguiça (como são deliciosos os pecados capitais) Manda uma chuva Fininha Para nos distrair Do atraso do Sol A água Lânguida Lambe plantas E pedras O dia é um gato Se enroscando Nas pernas.  "Portal" de Luciane Valença Os vivos Da não agressão Da inveja nula Da cobrança reduzida a Zero Da aceitação sem nome e do Silêncio Do livre transitar sem Julgamento: Gosto mais dos mortos.  *** Morrer A beleza pousa na ampulheta Ruflar asinhas ninguém escuta A vida e a morte no pé de murta

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Silvana Guimarães, Kátia Borges e Adriana Brunstein

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[Silvana Guimarães] AÇAFRÃO Uma coisa amarela, é isso o que eu quero. Quem sabe a lua nova, quem sabe um dia manso. Talvez um galho de sol sobre um rio cansado. Uma coisa amarela, eu quero, porque quero. Talvez, cheiro de outono, quem sabe, um pedaço de vento, folha, areia, coisa que vem de dentro. Qualquer coisa, eu quero. Da cor que regenera. Qualquer tom de amarelo, que não seja sorriso. Pode ser até um beijo, alguma coisa acesa. Fogo, faca, afago de tirar meu fôlego. Quero, porque preciso, alguma coisa qualquer. Quem sabe uma palavra, ainda que fosse suja. Quem sabe só uma flor chegando com urgência. Uma coisa amarela, talvez. Como um susto. [Katia Borges] TEU MOVIMENTO Antes que te chame o pelotão de fuzilamento repara o pássaro apara o dia. Há um olhar que se derrama lento sobre a vigia e graciosidade no andar do carcereiro. Antes, sim, que chamem o teu nome, anota num papel ou na parede certo verso de cimento. Na argam

MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Líria Porto, Mariana de Matos e Maria Valéria Rezende

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[Líria Porto] eu's narciso mergulha n’umbigo e insiste : espelho espelho deus existe alguém no mundo? [Mariana de Matos] foi no bnh da ilha que eu aprendi a chupar mel de flor e no centro da cidade eu aprendi a me perdoar por me perder valadares da pedra negra e do largo rio doce do minério de ferro do coiote covarde e da água podre minha paisagem de mercúrio onde o sol força fazer refúgio minha língua índia minha estrangeira figueira minha insubmissão ao dólar à hiprocrisia e à franca fronteira canto que com negros não há zelo onde mulheres indecisas decidem e muitos homens cultuam o medo valadares você quer me manchar de lama mas mesmo na mina eu estudo a dança [Maria Valéria Rezende] “ Percebo, Senhora, que, embora outra desgraça possa me acontecer a qualquer momento e quiçá me veja outra vez sem meios para escrever-Vos, continuo a errar por tantos assuntos sem nenhuma utilidade – a não ser a de dar-me a mim o gozo

Vídeo-Homenagem a dezessete mulheres admiráveis do Brasil

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Muitas são as mulheres que lutaram e ainda lutam para fazer deste mundo um lugar mais aprazível e menos injusto. Elas são de diversas artes e histórias de vida e luta. Porém têm algo em comum: o talento, a paixão e a dedicação pelo caminho que escolheram. Tudo isso respeitando seus próprios princípios e os princípios do bem coletivo, das minorias e, principalmente de outras mulheres. Por mais triste que seja para nós mulheres a constatação, ainda há aqueles que negam o machismo nas sociedades modernas, o que é uma hipocrisia. As mulheres só obtiveram algumas vitórias a custo de muita luta, sofrimento, derramamento de sangue e mortes. Estamos no século XXI, e ainda é preciso muita informação, muito trabalho,  muita arte para continuar essa luta que nem todos têm o interesse de compartilhar e assistir suas vitórias. Isso significaria perda de identidade, poder e/ou privilégios. Sim, tanto para os homens, quanto para muitas mulheres que ainda não estão preparadas e suficiente segu