Dois poemas de Anna Maria Moura | Uma poética do não caber
Fonte: pixabay.com Dois poemas de Anna Maria Moura Uma poética do não caber Permeável Gosto muito de você e do jeito que me ouve sorrindo da ironia que faço no meu mundo, gosto por me dar um sorriso de bom dia sem pedir nada em troca. Por sentar ao meu lado e me deixar pensar na vida, assim sossegada como se rolasse entre a gente uma conversação telepática duas pessoas caladas, uma do lado da outra ambas contemplam o mundo ao seu modo ambas se sentem felizes, apenas por existir. E vai, pede pro garçom descer mais um litro de água transformemos essa em vinho e nos deliciaremos com a água da chuva e o vento da noite pois ser selvagem não é escolha ou opção, é a forma que existimos sem precisar explicar aos outros. (maio 2013) Fonte: pixabay.com Lacuna Toda tentativa de me enquadrar é um ato falho. Eu não caibo! Nas rodinhas, nos grupos, nos padrões de comportamento e beleza, nas expectativas familiares, na cadeira da sala de a