Preta em Traje Branco | A plástica poética de Arleide Nascimento
Coluna 28 Free-Photos by Pixabay A plástica poética de Arleide Nascimento Depressão Ouvi demais que era frescura Mas o tratamento foi feito A minha dor só eu sentia Frescura foi sua falta de respeito Quantas vezes surtei Achando que iria morrer Precisava de um diazepam Um rivotril para sobreviver Eu não queria ver ninguém O negócio foi bem sério Era tanta dor em mim Eu quis acabar com o flagelo Sem resposta para o sofrimento Encontrei uma saída Tentei cortar os pulsos Para me livrar da agonia Não tinha vontade de mais nada Nada mais tinha sabor O meu dia era todo sofrimento E a minha noite era terror Eu não sentia mais nada Nem frio e nem calor Ficava deitada embrulhada De baixo de um cobertor E o que eu ouvia era bem triste Era para eu deixar de manha Que depressão é doença de rico Para eu levantar daquela cama O sofrimento para mim só crescia Doía, doía e doía Meu Deus que desespero!!! Quan