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A poesia espetacular de Fabíola Lacerda

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Desenho por W Patrick T O D O S  O S H O M E N S  M O R R E R A M todos os homens morreram todos ando por entre cadáveres tentando não pisar em nada apesar do cuidado pelas pontas dos pés ocorre-me de pisar num crânio ou outro num fêmur numa tíbia em pequenas falanges estou só quase sem ar mas prossigo suando sangue chorando sangue em minhas artérias circula o pus de muitos séculos prossigo intuo que talvez ainda haja vivos mulheres andando perdidas absortas tentando encontrar alguma culpa após a desforra que traga de volta o sentimento de realidade- a culpa não há o que fazer além de prosseguir encontrar alguém relatar a hecatombe lavrar obituários registrar como todas nós- inconspirantes num mesmo instante mesmo transe desferimos os golpes acumulados desde lilith mas hoje não queria falar sobre nada é preciso procurar e não encontrar é preciso deitar a mente na suspensão do pó il faut não ampliar o holoca