UniVerso de Mulheres 12 - A voz da selva na poesia de Sandrinha Barbosa, por Valeska Brinkmann
UniVerso de Mulheres 12 Foto © Luciana Frazão A voz da selva na poesia de Sandrinha Barbosa, por Valeska Brinkmann Eu selvagem selvagem como as pedras não polidas e intocadas selvagem como o fogo o sol do meio-dia e as grandes tempestades selvagem como os terremotos maremotos secas e enchentes selvagem como a pororoca amazônica que em sua passagem arrasta o tudo e o todo selvagem como a febre alta como a ferrada de arraia e o choque do puraquê selvagem como a noite sem fim sem luz e sem som repleta de pesadelos selvagem assim eu sou assim estou seria uma certeza ou auto-defesa? não sei explicar mas por alguns instantes ao deixar a selva encontro vocês: amigos fiéis que tanto falam, brincam e sorriem em seus olhos quanta esperança firmeza e carinho traduzidos a mim selvagem em jeito de luta persistência e não desistência o oxigênio a segurança a brisa morna qu