Ana Cecília Romeu em uma Prosa Poética
Ovelha de Nuvem Entre desassossegos de grandes passados e pequenas chances de hoje, a mulher inventou um promissor prado cor celeste. Contou carneirinhos, leu pensamentos e amores, respirou raridades, escarrou nas dores, ensaiou beijos e versou nas poucas horas vagas segurando um sorvete de limão, seu favorito. Não passava de uma Ovelha de Nuvem em céu escarlate. Qualquer pingo de satisfação que lhe chegasse aos dedos, o transformaria em algodão: branquinho, macio, modelável, palpável. Pois assim deveria ser sua trajetória: um par de sonhos, outro tanto de obras em andamento e o etéreo na adição das linhas de suas mãos. Um arremesso ao longe na brevidade da vida, e um chega para cá na felicidade em dízimas periódicas Fotografia por Luíse Rodrigues da Costa Ana Cecília Romeu é gaúcha de Porto Alegre. Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela PUC/RS, também estudou Artes Plásticas e Arquitetura pela UFRGS. Desde 2010, publica artigos em