Para não dizer que não falei dos cravos | Cinco poemas de Luiz Claudio Tonchis
Coluna 21 Cinco poemas de Luiz Claudio Tonchis Rapto em desvio nada fica a não ser o essencial da ágata sobre o linho em harmonia amor que fica e não se move? em ritmo pulsante em forma quente ígnea quimera em forma fria de espanto. amor é espanto em sintonia. na ausência se ressente o medo o contrai mas se refaz como a ave gigante como motor de asas plenas em pleno ar. o amor que em mim não fica rasteja entre pedras entre folhas secas o que fica indica o repasse do fogo e o sopro do vento o amor que fica nos deixa prostrados se sumir por apenas um dia o raiar do sol o pôr do sol e busca no remanso essa vontade de viver entre os pomos do pomar distante o amor se perde nos canais errantes e navega sempre sem perder de vista a conquista linda busca infinita o amor se mira e se revela pleno nele há o fim sereno de morrer sem ira anjo acima de qualquer suspeita o amor é como um beijo de longas linhas que se imbricam e resistem mesmo à própria morte. Desalinhavado na