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MEU PAIDEUMA FEITO DELAS: com Líria Porto, Mariana de Matos e Maria Valéria Rezende

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[Líria Porto] eu's narciso mergulha n’umbigo e insiste : espelho espelho deus existe alguém no mundo? [Mariana de Matos] foi no bnh da ilha que eu aprendi a chupar mel de flor e no centro da cidade eu aprendi a me perdoar por me perder valadares da pedra negra e do largo rio doce do minério de ferro do coiote covarde e da água podre minha paisagem de mercúrio onde o sol força fazer refúgio minha língua índia minha estrangeira figueira minha insubmissão ao dólar à hiprocrisia e à franca fronteira canto que com negros não há zelo onde mulheres indecisas decidem e muitos homens cultuam o medo valadares você quer me manchar de lama mas mesmo na mina eu estudo a dança [Maria Valéria Rezende] “ Percebo, Senhora, que, embora outra desgraça possa me acontecer a qualquer momento e quiçá me veja outra vez sem meios para escrever-Vos, continuo a errar por tantos assuntos sem nenhuma utilidade – a não ser a de dar-me a mim o gozo