Três poemas de Oluwa Seyi | A fagulha da vida
Fonte: pixabay.com Três poemas de Oluwa Seyi A fagulha da vida Úmido cubículo Meu chuveiro é espaço de criação De criança e criatividade Sob o chuveiro, muitos de meus filhos nascem Foi lá que ensaiei o parto do meu melhor poema: Foi no chuveiro que ele coroou E balbuciou seus primeiros versos O vidro, os azulejos e a água Simulam uma porta para fora E se adentro o úmido cubículo, Nunca estou de fato nele Se adentro o úmido cubículo É quando de fato ganho o mundo. Meu chuveiro é data e hora marcadas: Nele, tenho encontros de mim comigo mesma. Fonte: pixabay.com Deusa-átomo Ela me amou e o mundo se fez Os lábios dela se contorcendo na forma do meu nome foram o início da criação De tudo: Foi a fagulha da vida como conhecemos Desde o dia em que ela me amou, desse primeiro segundo em que ela me olhou e também me enxergou Eu me tornei sagrada central flamejante Nossa casa, todas as galáxias comprimidas em 60 metros quadrados, é um altar Recebo flores, promessas e cafuné: