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Mostrando postagens com o rótulo Rita Santana

Vozes Negras importam - e brilham

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Tiago Moura Januário Poetas Contemporâneas Panfleto para Pirilampos e Magnólias Há um aneurisma no cérebro do País Esperando o tempo da explosão. Pirilampos apagados Buscam faróis na noite da Baía, No mistério do dique, das docas. Celebro manifestos insurrectos Onde a Poesia cataclisma, Hekatomba. Estampo relâmpagos nos muros. Uma hemorragia inunda De sangue o oxigênio das horas. O sangue pletora utopias, risos e chamas. Apesar da grande noite que se abate sobre o País, O combate permanece no silêncio das tumbas, Na obscuridade dos pesadelos, Nas vontades recolhidas por Blimunda. O horror retumba sobre as casas. Enquanto engenho palavras E lavro novos âmagos. Na Colômbia, Há Ceibas na estrada para Córdoba, E suas raízes guardam segredos De viajantes, de plantadoras de café, De homens que bebem a noite E sorvem nossas magnólias (Magnólias brancas de Billie). Mulheres que mascam tristezas, fumos. Ceibas mulheres que sustentam o céu, E acolhem a

Um Conto inspirado em canção de Raul Seixas - por Rita Santana

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Imagem pinterest  Ondas, Trânsitos e Trilhos por Rita Santana Já é noite. Há uma brisa entrando pela varanda do nosso quarto e a lua surge entre árvores altas com galhos secos. É uma noite iluminada, fresca e será a última noite em que estaremos juntos aqui em casa. Chego muito cansada do trabalho e encontro você calado, quase não me cumprimenta e sai para algum lugar. Mal olha pra minha cara. Está triste e seco também. Quando você está assim, a pele desidrata e você fica feio, o cabelo perde o brilho. Vivi alguns anos desse seu estado e sei ler a sua pele, a secura da sua boca, os seus olhos. Hoje, após tanto tempo, lembrei do cheiro de pó-compacto que, de vez em quando, identificava em seu rosto. Aquilo me irritava profundamente. Quando você está feliz, tudo muda e se torna o homem mais lindo e radiante do mundo inteiro. Volta logo. Ouço o barulho do carro, do portão, da chave destrancando a porta. Ouço o meu amor agonizando e o latido dos seus cães mortos. Ouço ainda

A Poesia grandiosa de Rita Santana - seis poemas

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Justyna Kopania Amanheceres O dia nasceu em deslumbramentos! Um céu de nuvens incandescentes Desfilava ao Sol que nascia O espetáculo do mundo. Cumpre-se a Solidão das turmalinas E a dispersão dos astros. Em mim, a rebeldia da existência acontece: Ergo-me esguia sobre o porvir. Devasto - no fundo de mim - coragens e âncoras. Precipito-me da cama desejando Alegrias, dessas que iluminam as manhãs E cintilam bandolins na alma. Inundo meu território com indulgências. Preparei as armas e os escudos A fim de vencer os ritos cotidianos. Para seguir é preciso mover os motores, Lubrificar as engrenagens e girar a roda. Fito o horizonte: tudo me alarma! Fito os elos desfeitos: há licitude em tudo. Justyna Kopania Aquarela Tudo é perecível! As Estações cavalgam sobre os dias, Fazem dos sonhos seu pasto. Exponho-me a cortes e mutilações, Pois envelheço de luas, marés e melancolias. Devasto vimeiras, salgueiros e várzea