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Fu Man Chu (o mágico) - Conto de Araceli Otamendi e poema de Isabel Furini

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Imagem gerada pela IA do Bing FU MAN CHU Quando eu era criança fui ver Fu Man Chú, levei minha irmã, viajamos de trem de Quilmes para Buenos Aires. Depois pegamos o metrô em Constitución em direção ao centro. Pela primeira vez vi um mágico em ação. O mágico fez mais truques, alguns com cartas: mostrava os naipes entre os dedos, misturvá-los, adivinhava sempre a carta escolhida por alguém. Também teve  lenços, muitos lenços coloridos. Mas o número mágico que mais me impactou foi aquele da mulher em quem o homem atirava facas. Ela estava  quieta, imóvel em uma superfície reta enquanto o homem lançava facas na sua direção, sem  machucá-la. Como essa mulher permaneceu intacta depois disso?  Eu me perguntava. Eu não sabia que as palavras podem causar mais dano  que as facas. Uma mulher entrou em uma caixa e ele a cortou pela metade. Pouco depois  a mulher saiu da caixa intacta. Isso era magia? Quantas machucados e mutilações uma mulher poderia sofrer e sair intacta? As mutilações foram apen