Para não dizer que não falei dos cravos 05 | Dez Poemas de TITO LEITE
Para não dizer que não falei dos cravos (05) Dez poemas de TITO LEITE, em: "AURORA DE CEDRO" CONFLITOS Eu habitava comigo vomo se a sonoridade do meu nome fosse um origami na aurora de cedro. Eu me perdera de mim como se a queda fosse de mármore e no bem que ganhara perdesse a direção. A curva, o baque, o presságio de uma ilusão. Era de granizo a procela que feriu e depois partiu. Era poético o corpo que suportou e depois metaforizou. Era um sabre no bolso a vontade de qualquer estrada que desapontasse as evidências, como se na letargia dos céticos, pudesse acordar sem acreditar na fealdade dos porões bestiais. (pp. 21-22) -*- CIRCULAR O poeta do caos urbano salta no circular atravessando as ruas que mordem o seu drama. No absurdo da vida, nem sempre bela, a lua passa de pés descalços. Eu, que não tenho moeda, ofereço meu chapéu, como quem acena: evoé, poeta! (p. 27) -*- FUGACIDADE Não perco o poder de fogo com as estrelas que me são indiferentes. Mesmo que o vent