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DUAS CRÔNICAS E CINCO POEMAS DE VIOLANTE SARAMAGO MATOS | dos livros "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS " e "CONVERSAS DE FIM DE RUA"

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fotografia do arquivo pessoal da autora  A PROSA E A POESIA DE  VIOLANTE SARAMAGO MATOS DUAS CRÔNICAS  DO LIVRO "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS " capa do livro De memórias nos fazemos   LIVROS Sempre houve em nossa casa um escritório, um lugar que era mais ou menos sagrado. Pelo menos para mim que, pequena, me impressionava com aquelas estantes cheias de livros e uma secretária com papéis, onde não estava autorizada a mexer. E pelo chão. Sempre que o meu pai se sentava à secretária, rapidamente o chão em volta se enchia de grandes livros. Uns anos mais tarde, percebi que eram dicionários, enciclopédias, livros de consulta. E havia o silêncio. Pai a trabalhar, a ler, a escrever, à mão ou na máquina, significava silêncio na casa. Se preciso fosse, ou se o trabalho da mãe produzia barulho - as chapas de cobre ou zinco de onde haveriam de sair belíssimas gravuras não se podem fazer em silêncio - fechavam-se então as portas. Aprendi que o trabalho dos outros não deve ser incomodado. Que

Minha Lavra do teu Livro 10 | "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS", de VIOLANTE SARAMAGO MATOS, por Nic Cardeal

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  Minha Lavra do teu Livro 10 - resenhas afetivas - "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS": UM LIVRO SOBRE  AS DIVERSAS PROFUNDIDADES  DE QUE SE CONSTITUI O AMOR  "Teremos perdido até a memória  de nosso encontro... Mas nos reencontraremos,  para nos separarmos  e nos encontrarmos de novo,    ali onde os mortos se reencontram:  nos lábios dos vivos." (Samuel Butler) * "Percebi que tenho razão quando sinto que conhecia o meu pai e o tamanho das suas emoções." (p. 48) * " (...) escrevo sobre respeito, valores, até direitos. Porque há coisas que precisamos interiorizar bem. Coisas sobre as quais temos a obrigação ética de tomar posição. Também isto aprendi com o meu pai." (p. 70) * "É certo que, quando escrevemos, arrumamos ideias, obrigamo-nos a torná-las percetíveis, num esforço para encontrar as palavras certas, as que queremos escrever. Depois de escritas, tornam-se mais duradouras que as palavras ditas, dão-nos licença para olhar para elas

A POESIA, A PROSA E A PINTURA DE VIOLANTE SARAMAGO MATOS |Projeto 8M

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  (fotografia do arquivo pessoal da autora) 8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje é dia de mergulhar na arte múltipla e fascinante - na poesia, na prosa e nas aquarelas - de  VIOLANTE SARAMAGO MATOS : (capa do livro Escritas da pandemia com caneta e pincel )  1) AS MINHAS CIDADES As minhas cidades são ruas quase desertas onde os carros são brinquedos de criança  sem crianças para brincar. As minhas cidades são quadrículas de espaços  tristes, estranhas, quase opressivas sem namorados a namorar. As minhas cidades são prédios que fecham gentes tensas, ansiosas, preocupadas onde a alegria custa a entrar. As minhas cidades estão silenciosas mas mo