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O feminismo que vem da Ásia | Marilia Kubota

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MOSAICO Coluna 22    –   Crônica O feminismo que vem da Ásia por Marília Kubota O feminismo asiático não é fenômeno recente. Desde fins de século 19 temos notícia de mulheres que lutam por libertar-se da sociedade patriarcal na Ásia. A chinesa Qiu Jin e as japonesas Kanno Sugako e Fumiko Kaneko são algumas precursoras. Mas há muitas, mulheres coreanas, indianas, árabes, brasileiras, americanas e europeias que unem suas vozes na defesa dos direitos das mulheres de etnias amarelas, marrons e brancas da Ásia.   Na história do feminismo asiático temos poetas, como a chinesa Qiu Jin, que lutou contra a famigerada prática de pés de lótus, a tradição de amarrar pés de mulheres para reduzi-los.  Qiu Jin e as japonesas  Kanno Sugako e Fumiko Kaneko têm em comum o fato de ter despertado o ódio dos governos locais., terem sido presas e torturadas.  Qiu Jin  viveu de 1875 a 1907. Um  casamento extremamente infeliz  a fez gerar novas ideias consideradas subversivas. Logo  se tornaria membro de um

Notícias falsas de uma outra época | Marilia Kubota

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MOSAICO Coluna 12    –  Crônica NOTÍCIAS FALSAS DE UMA OUTRA ÉPOCA A eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, fez emergir o fenômeno das fake news. No Brasil, as notícias falsas também elegeram um presidente. A propaganda e manipulação de informação desde sempre são instrumentos da política. Neste mês, quando se celebra, no dia 18 de junho, os 112 anos de imigração japonesa ao Brasil, é bom lembrar como, em outra época, as notícias falsas foram responsáveis por um massacre na comunidade de brasileiros asiáticos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, imigrantes japoneses e suas famílias se envolveram num conflito interno por causa da difusão de notícias falsas. Uma parte dos imigrantes e seus filhos acreditavam que o Japão havia vencido a guerra. Outra parte, sabia que havia sido derrotado. A desinformação sobre a derrota foi facilitada por causa do isolamento da comunidade. Quando o governo japonês atacou Pearl Harbor, no Havaí, o governo americano o decretou ini

Eu também sou brasileira | Marilia Kubota

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MOSAICO Coluna 09    –  Crônica Eu também sou brasileira por Marília Kubota Drummond tem um célebre poema em que diz: “eu também já fui brasileiro, moreno como vocês.” O poema foi escrito nos anos 1930. Ainda vigorava o estereótipo do brasileiro como nativo carioca ou baiano,  queimado de sol. Desde fins do século XIX, o governo incentivava a imigração europeia, com o propósito de “branquear a raça”. Além de indios, portugueses, espanhois, negros e judeus que já integravam o caldeirão cultural étnico, entraram no país os brasileiros diferentes - a maioria italianos, mas também alemães, eslavos e asiáticos. Já na segunda geração, italianos não eram diferenciados pela etnia, o que não aconteceu com alemães e asiáticos. Depois de mais de 110 anos de imigração, filhos e netos de japoneses ainda são identificados como japoneses, ou estrangeiros. Tentam nos definir através de estereótipos: somos quitandeiros ou pasteleiros, inteligentes, bons em matemática, disciplinados