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Mostrando postagens com o rótulo autoras lusófonas

|coluna 13| Fala Aí - Os Poemas que o Diabo Amassou por Adriana Mayrinck

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                                                            Poesia nua e crua, igual a terra árida do Sertão Nordestino. Poesia latente e desbravada, igual a  semente que rasga o solo em busca de sol. Poesia transbordante e verdadeira, igual a chuva que  cai, após a seca castigante, com trovoadas e relâmpagos. Poesia que transcende a memória,  a história, o tempo, a imagem. Poesia sentida, vivida e pisoteada. Poesia dolorida pelas adversidades  e lutas da vida. Poesia de resistência e alerta em gritos silenciosos e torturados. Poesia de amor, embalada em uma rede feita à dois – e que se propaga. Poesia ferida, que traz marcas de tempos difíceis. Poesia libertadora que  atravessa oceanos e voa como pássaro que faz ninho em todo lugar. Poesia que transforma,  que chama, que arrebata. É assim, a poesia de Inêz Oludé da Silva.  Despida, autêntica, forte, e sobretudo, pincelada de arte! Arte da palavra, do sentir, do experimentar o mundo tal como é. Sem máscaras, sem comodismos, sem melindr

Coluna 07 | Mulherio das Letras na Lua - CECÍLIA PESTANA (Portugal)

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                                                                       coluna 07 Divulgando autoras Lusófonas, um poema de CECÍLIA PESTANA Místicos cansaços Horas mortas as que não te ouço Não te vejo, não te sinto, Horas infindáveis essas As que não te pressinto. Horas lentas as do bater do relógio Como se fossem de repente parar, Deixando-me pra aqui queda, muda Na ausência de tanto esperar. Horas mortas que me dás com silêncios Inquebráveis e profundos, Como se quisesses matar-me, Surdas as horas, que não te oiço chegar. Horas de místicos cansaços As que não te vejo, não te sinto… De mansinho a noite chega a soluçar, A soluçar devagarinho!... Funchal, 22 de Julho de 1985 Cecília Maria Pereira Pestana nasceu a 4 de Dezembro de 1957, em Torres Novas, distrito de Santarém. Filha de pais madeirenses e pai militar, passou a infância em Torres Novas, Lourenço Marques (Maputo), Águeda, e veio residir para a cidade do Funchal, Ilha da Madeira, aos 9 anos de idade. Amante de leitura de poe

Coluna 08 | LIVREMO-NOS! TEODORO de Terezinha Malaquias (Alemanha)

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Coluna 08 A coluna LIVREMO-NOS apresenta com imensa satisfação um livro que vai mexer com as suas emoções, da querida artista visual e escritora Terezinha Malaquias. TEODORO Teodoro é um livro de Poesia estruturado em narrativas e em pequenos contos sobre experiências que perpassaram o processo de luto e de renascer pós-luto da autora. Marcado por acontecimentos de sua vida e de seu cotidiano, tanto na Alemanha quanto no Brasil, as memórias do presente e do passado ganham vida pelo olhar da menina e da mulher Terezinha Malaquias. Capa, textos e ilustrações feitos pela autora. "Teodoro é cura, amor, lembrança e um resgata a criança que eu fui. É a escrita da mulher que eu sou!" Quem quiser se presentear ou presentear alguém que ama, aqui está o #Teodoro! Livro bilíngue (português-inglês) Onde comprar:   www.terezinhamalaquias.com   (entregas no Brasil e Europa) Amazon @terezinhamalaquiasperformer     Canal no YouTube:  https://www.youtube. com/user/TereMalaquias Blog:   http:

Coluna 12 | Fala aí... Shirlei Pinheiro (Brasil)

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  |   coluna  12  |   Incentivadoras por  Shirlei Pinheiro  (autora convidada) Outro dia eu estava em um ponto de ônibus esperando um para ir para casa, e como já era noite estava bem cheio. Várias pessoas conversando e uma dessas conversas chamou a minha atenção, dois homens falando sobre as suas respectivas esposas, o primeiro falava da mulher com alegria e entusiasmo, tecendo elogios e dizendo como a incentivava a trabalhar, estudar e correr atrás dos seus sonhos, já o segundo só reclamava e falava em tom de deboche que não podia dar muita “corda” para ela senão dava problema. Achei curioso esse diálogo, pois os dois pareciam ter a mesma idade, ou seja, faziam parte da mesma geração, e pensavam de formas tão diferentes. Nisso entrei no meu ônibus e fiquei pensando sobre aquela conversa.  É claro que hoje em dia as mulheres podem e fazem o que querem, podem ter a profissão que escolherem e nada as impedem de alcançar os seus objetivos, e isso é maravilhoso. Mas, porque isso ainda é u

Coluna 07 | LIVREMO-NOS! NUA de Ana Acto (Portugal)

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coluna 07 A coluna LIVREMO-NOS apresenta com imensa satisfação o livro que está dando o que falar, NUA da querida e gentil Ana Acto. Nua Minh  ́alma aqui, NUA... Num vazio que me despiu e libertou das amarras que, em falsa segurança, me suspendiam Ilusório era meu voo que me levava ao céu e me mantinha cativa ao chão NUA Libertei-me com palavras e, nelas, renasci em graça alimentada do seu poder e de poder ser... E armada de letras, fé e asas, embutida de amor e verdade me concedi finalmente a tão merecida... liberdade Colecção IPSIS VERBIS Coordenador: Raul Tomé (Baltasar Sete-Sóis) Fotografia da capa: A.Carvalho (Fotógrafo) Modelo da capa: Ana Acto Capa e projecto gráfico: Julia Mayrinck Produção: In-Finita Adquira o seu exemplar com a autora Ana Acto Editora In-Finita Ana Isabel Correia Acto , nasceu a 5 de abril de 1979 em Tomar, e reside atualmente em Setúbal. Abriu em abril de 2018 uma página de autora nas redes sociais com o nome “Ana Acto”. Escreve-nos sobre amor, em todas as s

Coluna 10| Fala aí... Carla De Sà Morais (Suíça)

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Coluna 10 NA PESSOA DE ELISA I Por Carla De Sà Morais (autora convidada) Dediquei uma pequena parte do meu tempo a este diário, porque pensei, ao princípio, que era um  passatempo. Contudo, a realidade é outra: é uma necessidade. A necessidade de escrever o que  sinto; sejam as minhas alegrias ou as minhas tristezas; sejam as minhas angústias ou mesmo as  minhas dores. O meu percurso amoroso não tem nada de glorioso. E o pior de tudo, é ter-me habituado e não me  esforçar para que ele seja melhor. Quando digo não me esforçar, quero dizer que eu também  contribuo para isso, pois, o fato de não me amar o suficiente, de não ter uma autoestima elevada e  não evitar esquemas repetitivos, pensando sempre que algo pelo caminho possa mudar e fazer-me  enfim feliz, têm-me feito conhecer algumas desilusões escabrosas. Aqui há tempos, conheci um rapaz, educado e conversador, de maneiras delicadas e gestos  atenciosos, o que me deu ainda mais vontade de escrever para vos contar o nosso percurso  a

Coluna 08| Fala aí... Ana Mendes (Suíça)

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   coluna 08 LIVROS E SONHOS por Ana Mendes (autora convidada) Fechei a janela com dificuldade, pois o vento estava a aumentar a sua força. Era daquelas tempestades que nos aconchega o coração ao ouvir o rir das crianças no quarto e o barulho surdo da tv da sala... Sinais de que o que quer que se passe lá fora, a minha malta está toda comigo, em segurança e em casa! O vento poderia cantar, gritar, uivar, que eu até sorriria no meu íntimo. E decidi acender a lareira. Adoro aquele cheirinho a queimado e o estalar dos raminhos que o acendem, fogo amigo... Calor que dá cor ao lar, convite ao amor, a um livro esquecido na mesinha por terminar...Vontade de abrir albuns de fotos e ver sorrisos a desfilar e nós em torno dele... Quando jantamos, todos estavam excitados, pois o tio Francisco, mais conhecido pelo “Chiquinho dos livros”, iria voltar da sua última viagem e trazer muitas novidades. Ele gostava de contar aventuras da suas viagens pelo país e por vezes até pensavamos, que alguma fanta

Coluna 07 | Fala aí... Joema Carvalho (Brasil)

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coluna 07  MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS  DE CLARICE PINKOLA ESTÉS Por Joema Carvalho (autora convidada)   Em meados da década de 90, estava em uma sequência de leituras em uma busca pessoal. Ninguém ensinou minhas bisavós, minhas avós, minha mãe a serem mulheres, logo, também, não aprendi. Fazem coisas de “mulher”, mas não sabem ser mulheres. Ninguém nos ensina a sermos mulher. Algo trancando dentro de um baú jogado a sete chaves no fundo de algum mar ainda não mapeado. Resume-se então “mulher é complicada”. Dentre o que li, Simone de Beauvoir, cuja frase “não se nasce mulher, torna-se”, ainda é polêmica, apesar de estarmos em pleno século XXI. Entendo muito bem o que a Simone colocou. Estendo a frase para os homens: “não se nasce homem, torna-se”, na verdade “não se nasce ser humano, torna-se”, Precisamos nos resgatar para que princípios básicos possam estar presentes em nossos atos, como ética e moral, ternura e compaixão, noção de que, o limite meu se encerra quando inicia o

Coluna 02 | Mulherio das Letras na Lua - ANA ACTO (Portugal)

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  Coluna 02   Divulgando autoras Lusófonas, um poema de Ana Acto. VOLTAS Volta E não volta... E a cada regresso Mais uma camada me envolve De tudo e de nada Como escudo, como arma E desacreditada Regrido lentamente ao início Onde amedrontada Receava amar Volta...e torna a voltar E a cada regresso O amor se faz casa A cada toque a aceitação A cada sorriso...perdão E tudo parece voltar Lentamente, a seu lugar Apago resquícios do que foi E abraço, o que quero acreditar Porque o quero Quero mesmo, que sejas tu... Mas sabes? Em solo árido semeaste E o que plantaste dentro de mim Com perseverança brotou Mas a cada colheita vai enfraquecendo E menos me dou... E meu maior receio Seja que um dia De tanto volta e não volta Meu coração secar E já não mais haver Para onde voltar. Ana Isabel Correia Acto, nasceu a 5 de abril de 1979 em Tomar, e reside atualmente em  Setúbal. Abriu em abril de 2018 uma página de autora nas redes sociais com o nome  “Ana Acto” . Escreve-nos sobre amor, em todas as su