|coluna 13| Fala Aí - Os Poemas que o Diabo Amassou por Adriana Mayrinck
Poesia nua e crua, igual a terra árida do Sertão Nordestino. Poesia latente e desbravada, igual a semente que rasga o solo em busca de sol. Poesia transbordante e verdadeira, igual a chuva que cai, após a seca castigante, com trovoadas e relâmpagos. Poesia que transcende a memória, a história, o tempo, a imagem. Poesia sentida, vivida e pisoteada. Poesia dolorida pelas adversidades e lutas da vida. Poesia de resistência e alerta em gritos silenciosos e torturados. Poesia de amor, embalada em uma rede feita à dois – e que se propaga. Poesia ferida, que traz marcas de tempos difíceis. Poesia libertadora que atravessa oceanos e voa como pássaro que faz ninho em todo lugar. Poesia que transforma, que chama, que arrebata. É assim, a poesia de Inêz Oludé da Silva. Despida, autêntica, forte, e sobretudo, pincelada de arte! Arte da palavra, do sentir, do experimentar o mundo tal como é. Sem máscaras, sem comodismos, sem melindr