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Mostrando postagens com o rótulo mulherio das letras portugal

|coluna 14| Fala Aí - NUA por Adriana Mayrinck

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Um livro em que a autora se despe de corpo e alma, mostrando toda sensibilidade à flor da pele e instiga o leitor a despir-se junto com ela, libertar emoções  deixar-se levar na leitura dos poemas e permitir que cada palavra toque profundamente percepções e sensibilidades.  As asas de anjo são da Ana Acto, que os empresta ao leitor e o conduz para um voo particular - do lado de dentro. Nua Minh ́alma aqui, NUA... Num vazio que me despiu e libertou das amarras que, em falsa segurança, me suspendiam Ilusório era meu voo que me levava ao céu e me mantinha cativa ao chão NUA Libertei-me com palavras e, nelas, renasci em graça alimentada do seu poder e de poder ser... E armada de letras, fé e asas, embutida de amor e verdade me concedi finalmente a tão merecida...liberdade Ana Acto Prefácio por Raul Tomé A Ana Acto é um Anjo. Afirmo-o assim, sem reservas.  E não julguem, caros leitores, que o digo de ânimo leve  ou que estou a tentar criar-vos uma imagem idílica de Ser.  Perfeito, nada di

Coluna 10| Fala aí... Carla De Sà Morais (Suíça)

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Coluna 10 NA PESSOA DE ELISA I Por Carla De Sà Morais (autora convidada) Dediquei uma pequena parte do meu tempo a este diário, porque pensei, ao princípio, que era um  passatempo. Contudo, a realidade é outra: é uma necessidade. A necessidade de escrever o que  sinto; sejam as minhas alegrias ou as minhas tristezas; sejam as minhas angústias ou mesmo as  minhas dores. O meu percurso amoroso não tem nada de glorioso. E o pior de tudo, é ter-me habituado e não me  esforçar para que ele seja melhor. Quando digo não me esforçar, quero dizer que eu também  contribuo para isso, pois, o fato de não me amar o suficiente, de não ter uma autoestima elevada e  não evitar esquemas repetitivos, pensando sempre que algo pelo caminho possa mudar e fazer-me  enfim feliz, têm-me feito conhecer algumas desilusões escabrosas. Aqui há tempos, conheci um rapaz, educado e conversador, de maneiras delicadas e gestos  atenciosos, o que me deu ainda mais vontade de escrever para vos contar o nosso percurso  a

Coluna 09| Fala aí... Liège de Melo (Brasil)

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                                                                                                                          Coluna 09 O LIVRO ROTAS POÉTICAS por Liège de Melo (autora convidada) A arte poética é possuidora de enorme força terapêutica na qual adentramos dimensões profundas da nossa alma. Em poemas nos desnudamos e multiplicamos nossas versões de ser e estar entre as rotas do existir. O respirar em letras cura autores e leitores que encontram na literatura janelas abertas a infindáveis cenários. O prazeroso ofício de escrever e organizar um novo livro, começou em 2019. Com o surgimento da pandemia/covid 19 (2020… ) atenuando pressões advindas do confronto com múltiplos desafios existenciais, passei a buscar alento em motivações produzidas pelo olhar dirigido à mágica das palavras. Vozes ritmadas em lugares que o afeto se dispôs a alcançar, foram delineando poemas ditados pelas delicadezas das memórias e rotinas dos dias. Assim após necessária reclusão física e psicológica n

Coluna 08| Fala aí... Ana Mendes (Suíça)

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   coluna 08 LIVROS E SONHOS por Ana Mendes (autora convidada) Fechei a janela com dificuldade, pois o vento estava a aumentar a sua força. Era daquelas tempestades que nos aconchega o coração ao ouvir o rir das crianças no quarto e o barulho surdo da tv da sala... Sinais de que o que quer que se passe lá fora, a minha malta está toda comigo, em segurança e em casa! O vento poderia cantar, gritar, uivar, que eu até sorriria no meu íntimo. E decidi acender a lareira. Adoro aquele cheirinho a queimado e o estalar dos raminhos que o acendem, fogo amigo... Calor que dá cor ao lar, convite ao amor, a um livro esquecido na mesinha por terminar...Vontade de abrir albuns de fotos e ver sorrisos a desfilar e nós em torno dele... Quando jantamos, todos estavam excitados, pois o tio Francisco, mais conhecido pelo “Chiquinho dos livros”, iria voltar da sua última viagem e trazer muitas novidades. Ele gostava de contar aventuras da suas viagens pelo país e por vezes até pensavamos, que alguma fanta

Coluna 02 | Mulherio das Letras na Lua - ANA ACTO (Portugal)

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  Coluna 02   Divulgando autoras Lusófonas, um poema de Ana Acto. VOLTAS Volta E não volta... E a cada regresso Mais uma camada me envolve De tudo e de nada Como escudo, como arma E desacreditada Regrido lentamente ao início Onde amedrontada Receava amar Volta...e torna a voltar E a cada regresso O amor se faz casa A cada toque a aceitação A cada sorriso...perdão E tudo parece voltar Lentamente, a seu lugar Apago resquícios do que foi E abraço, o que quero acreditar Porque o quero Quero mesmo, que sejas tu... Mas sabes? Em solo árido semeaste E o que plantaste dentro de mim Com perseverança brotou Mas a cada colheita vai enfraquecendo E menos me dou... E meu maior receio Seja que um dia De tanto volta e não volta Meu coração secar E já não mais haver Para onde voltar. Ana Isabel Correia Acto, nasceu a 5 de abril de 1979 em Tomar, e reside atualmente em  Setúbal. Abriu em abril de 2018 uma página de autora nas redes sociais com o nome  “Ana Acto” . Escreve-nos sobre amor, em todas as su

Coluna 02 | LIVREMO-NOS! - Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram (Pequenas memórias) de Alice Vieira

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  coluna 02   Alice Vieira , em 2020, celebrou 40 anos de carreira literária. A jornalista portuguesa é uma das maiores e mais queridas escritoras da literatura infanto-juvenil da atualidade. Escreve com maestria não só livros direcionados ao público jovem, mas também excelentes contos, prosas, poesia e romances.  Só Duas Coisas Que, Entre Tantas, Me Afligiram  (Pequenas Memórias) de Alice Vieira Nas memórias que marcaram o meu mundo e nas nossas memórias colectivas, do nosso mundo português, só duas coisas que, entre tantas, me afligiram..., mas mesmo apenas uma ou duas, porque as lembranças de lugares marcantes como o bar do Rick, em Casablanca; o teatro Capitólio; o Santini, em Cascais; o irrequieto mar do Guincho; a redacção do Diário de Lisboa; a tertúlia do café Monte Carlo; o pequenino mundo que começava e acabava no boulevard Richard Lenoir, em Paris, não me afligiram. De todo. Entraram na minha vida e insistiram, teimosamente, em aí ficar a morar, acompanhando-me dia a dia, co

Coluna 03 | Fala aí... Maria Antonieta Oliveira (Portugal)

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                                                | coluna 03 | Recordar é viver  por Maria Antonieta Oliveira                                           (autora convidada) Não é fácil vivermos estes tempos de confinamento, em que um inimigo invisível, pode surgir e atacar-nos a qualquer momento. Temos que nos reinventar, mudando hábitos, criando espaços e viver de outro modo. Ler, escrever, ouvir música, fazer meditação, yoga, sei lá que mais, algo que ajude a passar o tempo, nestes tempos em que o tempo parece ser muito mais longo do que era antes. Ter pensamentos positivos, recordar momentos felizes, falar com pessoas que amamos, mesmo que seja através da internet, que felizmente, tem sido um meio de interação entre famílias e amigos, muito valioso, tudo isto nos aliviará o desespero da “prisão” a que este vírus nos impôs. Ao falar em recordar momentos felizes, lembrei-me de um excerto de um livro, que está em standby, mas que um dia sairá à luz do dia, e que passo a transcrever: - LEM

Coluna 02 | Fala aí... Isabel Bastos Nunes (Portugal)

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| coluna 02 | A vida on-line por Isabel Bastos Nunes                                                      (autora convidada)   Descobri penosamente que a minha vida dependia muito do contacto pessoal,  dos abraços e beijos, dos risos e gracejos de todos quanto me rodeavam. Os convívios informais, as tertúlias, as apresentações e lançamentos de livros que faziam o meu dia-a-dia eram-me absolutamente necessários, mas só tive a noção disso quando me dei conta que as palavras de ordem eram: - isolamento, confinamento, distâncimento. Ao longo destes meses, o meu contacto e a minha prestação como poeta tem-se remetido on-line (apenas conversando com o meu computador). Foi preciso chegar aqui, para perceber o quanto me faz falta um simples abraço! Quando dei conta da realidade, dei-me a ler os postes dos meus amigos em longos desabafos, em partilhas de poemas, músicas, e agradecimentos aos comentários por baixo escritos, coisa que normalmente me passava ao lado. Egoisticamente pensava

Coluna 01 | Fala aí... - Apresentação, por Adriana Mayrinck

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| coluna 01 | Apresentação da nova coluna Fala Aí A coluna Fala aí... (nome da autora) foi criada para você, que apoia as iniciativas da In-Finita e/ou do Mulherio das Letras Portugal , para expor as suas opiniões sobre qualquer tema, sob a ótica do universo feminino. A intenção é fortalecer a literatura contemporânea, divulgar a escrita e ações das autoras lusófonas ou que escrevem em língua portuguesa. Conhecer um pouco mais sobre o que pensa, em prosa, crônica, conto, opinião. Pode também falar sobre seus projetos, eventos ou livros. Peço que evite poesia, pois temos o grupo Mulherio das Letras Portugal, Mulherio das Letras União Europa ou Mulherio das Letras na Lua e também, as coletâneas e colecções organizadas pela In-Finita ou parceiras para essa finalidade. Divulgue-se! Seja Bem-Vinda!   Um abraço Adriana Mayrinck   Para participar: Requisito: Fazer parte do Mulherio das Letras Portugal ou participar de uma das iniciativas da In-Finita (livros individuais, assessor

Coluna 01 - In-Confidências - Apresentação, por Adriana Mayrinck

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| coluna 01 | Estreando minha coluna na Revista! por Adriana Mayrinck As árvores balançam suavemente nesse final de tarde, através da janela acompanho a vida que passa pelas ruas desertas, em mais um estado de emergência e confinamento em Portugal. Mas com outro olhar, outra percepção do que aconteceu em março de 2020. Atravessei todas as situações e emoções, sentidas e vividas através da janela, do ecrã, dos livros, filmes ou lives, nesse tempo. Em março vai fazer um ano, em qua as únicas pessoas que tenho contato físico são os que moram comigo (família), ou desconhecidos em supermercados, fármácia, médicos, dentista ou correios. Quase um ano sem encontrar amigos, parceiros, autores, leitores. No início, ainda almocei com dois amigos e tomei um café com outro. No mais, aprendi a conviver entre o distânciamento físico, mas tão perto virtualmente ou por telefone e a vontade de desconectar e dar um tempo das redes sociais. Aprendi a superar antigos paradigmas, despertar os meus sentidos,