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Mostrando postagens com o rótulo poesia literatura de autoria feminina

O inverno é poesia: Elciana Goedert, Sonia Cardoso e Isabel Furini

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  O inverno nas vozes poéticas de Elciana Goedert, Sonia Cardoso e Isabel Furini DIAS DE HIBERNAR Inverno: frio....chuva.... Hora de resgatar cachecol, luva Botas, casacos...Pura elegância! E neste quesito, já tenho vivência. Bom seria, não ter que sair Ficar em casa, me divertir Com ar condicionado ou aquecedor Chazinho quente ao meu dispor Acabar com a caixa de trufas Só andar com minhas pantufas Ver televisão comendo pipoca Quentinha, sem sair "da toca" Retomar aquela leitura Ah, que vida dura... Confortável, enrolada numa manta Sopa quentinha na janta E pro dia terminar com primor Dormir aninhada, depois de fazer amor... Elciana Goedert (Ciça) ** Hai kai  Plena quaresma  Lilases outonais  Frio invernal.  Sonia Cardoso. ** Sedução no inverno da vida Ouço a sua voz aveludada - através de sua boca o inverno se torna primavera  é possível ouvir entre as ondas as vozes enganadoras das sereias vou fingir que acredito nesse sonho azul anil (riscado como um disco de vinil) pois s

|coluna 14| Fala Aí - NUA por Adriana Mayrinck

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Um livro em que a autora se despe de corpo e alma, mostrando toda sensibilidade à flor da pele e instiga o leitor a despir-se junto com ela, libertar emoções  deixar-se levar na leitura dos poemas e permitir que cada palavra toque profundamente percepções e sensibilidades.  As asas de anjo são da Ana Acto, que os empresta ao leitor e o conduz para um voo particular - do lado de dentro. Nua Minh ́alma aqui, NUA... Num vazio que me despiu e libertou das amarras que, em falsa segurança, me suspendiam Ilusório era meu voo que me levava ao céu e me mantinha cativa ao chão NUA Libertei-me com palavras e, nelas, renasci em graça alimentada do seu poder e de poder ser... E armada de letras, fé e asas, embutida de amor e verdade me concedi finalmente a tão merecida...liberdade Ana Acto Prefácio por Raul Tomé A Ana Acto é um Anjo. Afirmo-o assim, sem reservas.  E não julguem, caros leitores, que o digo de ânimo leve  ou que estou a tentar criar-vos uma imagem idílica de Ser.  Perfeito, nada di

|coluna 13| Fala Aí - Os Poemas que o Diabo Amassou por Adriana Mayrinck

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                                                            Poesia nua e crua, igual a terra árida do Sertão Nordestino. Poesia latente e desbravada, igual a  semente que rasga o solo em busca de sol. Poesia transbordante e verdadeira, igual a chuva que  cai, após a seca castigante, com trovoadas e relâmpagos. Poesia que transcende a memória,  a história, o tempo, a imagem. Poesia sentida, vivida e pisoteada. Poesia dolorida pelas adversidades  e lutas da vida. Poesia de resistência e alerta em gritos silenciosos e torturados. Poesia de amor, embalada em uma rede feita à dois – e que se propaga. Poesia ferida, que traz marcas de tempos difíceis. Poesia libertadora que  atravessa oceanos e voa como pássaro que faz ninho em todo lugar. Poesia que transforma,  que chama, que arrebata. É assim, a poesia de Inêz Oludé da Silva.  Despida, autêntica, forte, e sobretudo, pincelada de arte! Arte da palavra, do sentir, do experimentar o mundo tal como é. Sem máscaras, sem comodismos, sem melindr

UniVerso de Mulheres 15 - Três poemas de Else Lasker-Schüler traduzidos por Valeska Brinkmann

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  UniVerso de Mulheres 15   Fragmento de Die Inianerinnen @ Else-Lasker-Schueler  Três poemas de Else-Lasker Schüler traduzidos por Valeska Brinkmann De longe   Teu coração é como a noite tão claro Posso ver - Tu pensas em mim - cada estrela a se deter   E como a lua o teu corpo Em ouro veloz De longe reluz   Von Weit   Dein Herz ist wie die Nacht so hell, Ich kann es sehn -           Du denkst an mich – es bleiben alle Sterne stehn.   Und wie der Mond von Gold dein Leib Dahin so schnell Von weit er scheint.   §§§§§§§§   Mirtáceas murchas   És como o dia sem sol, cinzento Que profano deita sobre rosas em botão. — Senti-me, como se estivesse ao teu flanco.    Como se estancasse o meu coração   Teu rosto pálido ao meu beijo enrubeceu Um sorriso escapou de teu olhar rígido.   — Minha jovem alma sob teus pés morreu E retornaste a teu ser frígido.   Verwelkte Myrten   Bist wie der graue, sonnelose Tag, Der sündig