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DUAS CRÔNICAS E CINCO POEMAS DE VIOLANTE SARAMAGO MATOS | dos livros "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS " e "CONVERSAS DE FIM DE RUA"

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fotografia do arquivo pessoal da autora  A PROSA E A POESIA DE  VIOLANTE SARAMAGO MATOS DUAS CRÔNICAS  DO LIVRO "DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS " capa do livro De memórias nos fazemos   LIVROS Sempre houve em nossa casa um escritório, um lugar que era mais ou menos sagrado. Pelo menos para mim que, pequena, me impressionava com aquelas estantes cheias de livros e uma secretária com papéis, onde não estava autorizada a mexer. E pelo chão. Sempre que o meu pai se sentava à secretária, rapidamente o chão em volta se enchia de grandes livros. Uns anos mais tarde, percebi que eram dicionários, enciclopédias, livros de consulta. E havia o silêncio. Pai a trabalhar, a ler, a escrever, à mão ou na máquina, significava silêncio na casa. Se preciso fosse, ou se o trabalho da mãe produzia barulho - as chapas de cobre ou zinco de onde haveriam de sair belíssimas gravuras não se podem fazer em silêncio - fechavam-se então as portas. Aprendi que o trabalho dos outros não deve ser incomodado. Que

A POESIA PULSANTE DE LIANA TIMM | PROJETO 8M

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  fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. "Dias mulheres virão",  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na poesia pulsante de LIANA TIMM : MEMÓRIA   quero a vocação da imagem na sensação dos avessos seu objeto primeiro  existência e multidão  quero o transitivo dos contatos diferenças reinvenções mala de objetos crescente desordenado baú de entulhos requenta nas transversais do dentro herança inesgotável  urge perfurar a superfície  cambiar ar e luz deslocar expor às intempéries da emoção  o armazém das memórias  (* do livro  Água passante  e da antologia   A dimensão da palavra , p. 65) imagem do Pinterest  -*- EFÊMERA   O amor é uma dor profund

II Edição do Sarau da Varanda - Poesia, Multilinguagens e Solidariedade

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  Foto: Sarau da Varanda II Edição - 29/19/2024 Festa da Pluraridade A II edição do Sarau da Varanda - sob a curadoria da escritora Chris Herrmann, aconteceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, dia 29/10/2024, das 16 às 19H, no tradicional Restaurante Salete (R. Afonso Pena 189), e foi um sucesso! Casa cheia em um clima de festa, uma verdadeira celebração da arte da palavra e suas multilinguagens. Foram diversas apresentações (27) com muita poesia, performance (incluindo número de dança com Andréa Dhetty e comédia stand up do tijucano Gui Albuquerque) e músicas autorais (como a banda Léo Poeta e os Villões, formada por alunos e egressos da Escola de Música Villa Lobos e Jorge Lucas, da banda de hard rock Fermata). E ao final, duas representantes da Ong Só Vamos RJ estiveram presentes para levar a cesta básica com alimentos não perecíveis trazidos pelos participantes.  Nota da curadora: “O Sarau da Varanda agradece muitíssimo todos os participantes que fizeram do nosso evento uma ri

A POESIA EXISTENCIALISTA E INQUIETANTE DE NEIVA DE CAMILLIS | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. "Dias mulheres virão",  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Conheça a poesia existencialista e inquietante de NEIVA DE CAMILLIS , através de poemas extraídos dos livros Viração , A voz do silêncio , Sol de primavera e A faca e a flor : BARULHOS Eu gosto de ficar assim,  Ouvindo os barulhos Saboreá-los de longe Imaginar seus cheiros Adivinhar suas cores Definir as matizes Decifrar seus recados  Lembrar significados Delinear seus contornos. Eu gosto de ficar assim,  Na penumbra do meu quarto  Ouvindo passarinhos  O som dos vizinhos  O barulho da rua Crianças em algazarra Cães latindo, carros passando,  ônibus pa