Cinco poemas da baiana Luh Oliveira
Aquarela de Luciane Valença livra-me de tudo que é falso avulso analto farsa carma sigma livra-me de tudo que é cinza ** teu fetiche um corpo nu com scarpin vermelho o meu uma alma nua que reflete no espelho Aquarela de Luciane Valença sou feita de lágrimas secreções e orgasmos nada em mim es cor re em vão ** É um rasgar-se constante para cobrir feridas que a pele camufla é um abrir fendas Em desconforto silente que agoniza e aterroriza todo o encantar do arrebol Ainda bem que não existe o pra sempre ** todo aquele medo instalado no ventre feito novelo sem ponta para desenlaçar dissolve-se na noite toda vez que a lua cheia vem saudar a poesia que se esconde em mim ** Luh Oliveira é baiana, mãe, poeta, professora de Língua Portuguesa, Mestra em Letras. Ocupa a cadeira de número 03 da Academia de Letras de Ilhéus. Sempre gostou de escrever verso