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Dalila Teles Veras - em poesia

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Arte de Luciane Valença desobedi ência os acontecimentos batem à minha porta estridentes, insistem                    batem                    batem se não os atendo/atento insinuam-se pelas frestas mandam sinais                fumaça                notícias                megabaites e                batem                batem se me finjo de morta explodem a vidraça estilhaços prestes a romper aneurismas herdados contrariando o mestre (para que a língua não trave para que não me arrependa) deles construo poemas e com certo engenho alguma poesia ( tempo em fúria , Dobra/Alpharrabio Edições, 2019, SP) busca e espera              " Dá-me, pois, a ilusão d´uma só hora          D´um final suspenso e adiado "          Só mais um fado , Jorge Fernando e Amadeu Ramin     cena um na praia, a família em férias, a menina única filha constrói castelos cena dois um breve vacilo a

A Bela Arte de Neuza Ladeira

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No mal sem cura No céu sem ar Meu amor sente-se amado Livre e despojado Depois de tantas estações Eu sei que passas dentro de mim Que passas entre outros Que passas, querido! Assim estou amedrontada com o passar das coisas Porque ao invés de passares Só passares Você me pincela Me faz tela Cria. A vida é um sonho que escorrega pelas calhas num dia de chuva. O pesadelo é quente pega fogo como o sol que nos castiga. O meio do caminho se perde frente à insensatez. Quem disse que narciso vive sem espelho. Quero dormir Fecho as janelas Escondo a noite Andar trôpego Busca Feroz Experiência esmagada Depois que encheram o cálice De absurdo O vinho ficou amargo Você se lembra das histórias  onde éramos iguais? O mundo lindo As injustiças queimadas Voávamos como libélulas de uma época! Telas e poemas da artista Neuza Ladeira