Dalila Teles Veras - em poesia
Arte de Luciane Valença desobedi ência os acontecimentos batem à minha porta estridentes, insistem batem batem se não os atendo/atento insinuam-se pelas frestas mandam sinais fumaça notícias megabaites e batem batem se me finjo de morta explodem a vidraça estilhaços prestes a romper aneurismas herdados contrariando o mestre (para que a língua não trave para que não me arrependa) deles construo poemas e com certo engenho alguma poesia ( tempo em fúria , Dobra/Alpharrabio Edições, 2019, SP) busca e espera " Dá-me, pois, a ilusão d´uma só hora D´um final suspenso e adiado " Só mais um fado , Jorge Fernando e Amadeu Ramin cena um na praia, a família em férias, a menina única filha constrói castelos cena dois um breve vacilo a