Poemas de Vanessa Ratton
Fluidez
Preciso deixar dito
que meu viver
é só conflito
não sei ser sólida
é na fluidez
em que acredito.
Olhei num instante
pela janela
vi tanta chuva
que quase fiquei úmida
pra escorrer pela porta,
me integrar com a água
na calçada,
seguir o canal,
pra voltar ao mar de Santos,
onde nasci.
que meu viver
é só conflito
não sei ser sólida
é na fluidez
em que acredito.
Olhei num instante
pela janela
vi tanta chuva
que quase fiquei úmida
pra escorrer pela porta,
me integrar com a água
na calçada,
seguir o canal,
pra voltar ao mar de Santos,
onde nasci.
Porto de Santos, história viva !
Sou um canal.
Uma margem de chegada e partida.
Porta de entrada ou saída.
Esperança de uma nova vida.
Sirvo de rota, destino, passagem.
Abrigo, esteio.
Negócio ou viagem.
Canto amores,
sirenes e dores.
Sou o sonho dos imigrantes
e o pão dos estivadores.
Embarco tristezas e vitórias.
Trago cargas, homens e histórias.
Cheiro enxofre e maresia,
mas, de noite, exalo alegria.
Das moças e dos marinheiros,
sou o ponto de encontro das ilusões perdidas.
Meu cais conta séculos de aventuras.
Vi reis, piratas e presidentes.
Generais, presos e torturas.
Fui palco, sou celeiro
de artistas do mundo inteiro.
Sou história viva,
nova e antiga.
Brasileiro, santista.
O maior porto da América Latina.
Sou global e local.
Cenário e realidade.
Comércio e lazer.
Sou gente e cidade.
Vanessa Ratton é santista,
jornalista, psicopedagoga, poeta,
escritora infantil e professora.
jornalista, psicopedagoga, poeta,
escritora infantil e professora.
Atua com Educação Política.
Lindos poemas, Vanessa, adorei!
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