Coletivo Contemporâneos
| Caderno de Arte 03 | |
Coletivo Contemporâneos
por Lu Valença
HABITAMOS E TIVEMOS INÍCIO NO MESMO TEMPO.
Qual foi a primeira manifestação criativa da espécie humana?
A arte.
Foi empregando a arte que nossos ancestrais puderam expressar e realizar suas ideias, artísticas e linguísticas.
Com a primeira manifestação artística, superou-se a falta de educação e recursos, abrindo-se, com a transmissão das ideias por meio de imagens, o caminho para a comunicação e a propagação das ideias. Desta forma, os pensamentos se tornaram visíveis e imediatamente reconhecíveis até mesmo para os iletrados.
Essa prática, nos permite afirmar que o homem atual igualmente valoriza símbolos e sinais e reconhece a arte como forma de expressão e entendimento capaz de transpor barreiras como as diferenças culturais, de linguagem e de nível de instrução.
O CONTEMPORÂNEOS foi criado para manter essa tradição acesa, disseminando a importância visceral que a arte tem, em suas variadas formas, de servir como instrumento para que cada indivíduo componha a sua história e escape das pressões cotidianas, dando vazão para suas ideias de maneira única.
No início da minha carreira, encontrei muitas barreiras para me aproximar de outros artistas. Não havia abertura dos mais experientes, não entendia o motivo, como também não entendo ainda hoje. Um certo preconceito, uma indisponibilidade para trocar informações, ideias e conceitos. A solução foi buscar apoio nas comunidades internacionais, acabei fazendo parte de algumas e foi aí que surgiu o sonho de fazer parte um coletivo. Um intervalo de 8 anos, quando em dezembro de 2017, fui convidada pelo artista plástico francês e Embaixador do Turismo do Rio de Janeiro, Philippe Seigle, para ser curadora de arte do Hotel Sofitel Ipanema. Desde então, além das exposições mensais que promovia no Sofitel Ipanema, realizei exposições em outros espaços do Rio de Janeiro e Niterói, revelando o talento de artistas exponenciais. No ano seguinte, nasceu o Coletivo Contemporâneos, que reúne 14 artistas atuantes no cenário carioca, mineiro e internacional, promovendo ocupações artísticas, marcadas pela diversidade de estilos e linguagens. Com diferentes formas de enxergar a vida, através de expressões que nos levam ao ponto comum da arte é formado por: Adriana Ninsk, Afonso D'Avila, Carlos Valença, Denise Greco, Eduardo Tropia, Giancarlo Diniz, Herbert Zampier, Lúcia Russo, Luciana Alves, Maria Clara Maia, Philippe Seigle, Ricardo Bhering, Tatti Simões e Lu Valença.
Acredito na força da coletividade e na importância da arte, principalmente em momentos como o que estamos vivendo. Retomar as atividades do Contemporâneos foi um chamado natural para amenizar o peso da nossa realidade. Apresentar cada um deles nas lives do EM CASA COM ARTE, acordou esse meu lado de curadora, que ficou suspenso por alguns meses.
Nossa galeria no Instagram, tem uma proposta diferente. Todos os dias, faço a curadoria das publicações, levando em consideração o tema, a paleta de cores, a poética e como gosto de pensar, a prosa entre as obras. Oferecemos assim, uma experiência visual, uma exposição que é atualizada todos os dias, com a pluralidade dos artistas.
Não temos a presunção de criar um movimento de arte, mas estamos felizes, em ter um grupo para trocar técnicas, pesquisas e processos criativos. Aprendemos uns com outros e essa é uma experiência enriquecedora.
Paz e Arte!
Comentários
Postar um comentário