Para não dizer que não falei dos cravos | Cinco poemas de Andri Carvão
Coluna 04 |
Cinco poemas de Andri Carvão
Noite e dia
Borboleta amarela...
Estrela preta...
O sol é incerto e a noite, certeza.
Borboleta preta!
Estrela amarela!
A noite cai e o sol se impõe.
Fechado em Concha
Quando quero esquecer,
quando quero sonhar,
quando quero a noite e
quando não quero mais,
fecho minhas pérolas em concha
e não procuro saber
o que perdi.
Fonte: pixabay.com |
Em trânsito
Você vai
e eu fui
Você foi
e eu regressei
Você voltou
e eu fui de novo
Você outra vez
e eu retornei
Você veio
e eu brequei
Você parou
e eu caminhei
Você andou
e eu corri
Você disparou
e eu passei
Você acelerou
e eu sumi
Você desapareceu
e eu big bang
Você deus
e eu amém
Você venceu
e eu empatei
Você perdeu
e eu também
Caracol
Eu não sou de sol
Eu sou de lua
Não mordo o anzol
Nem entro na sua
Eu sou caracol
No meio da rua
Pra mim o arrebol
É a hora mais nua
Meu tempo é em prol
Da vida que atua
Ninho vazio
Alma amargurada
Alma amaldiçoada
A poça d’água
Reflete a lua
A minha mágoa
É toda sua
A alma vadia
Sem brilho nem brio
A casa vazia
O ninho vazio
Fonte: pixabay.com |
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