Dois poemas de Rosilene Oliveira | "Como alquimista de mim mesma"
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Dois poemas de Rosilene Oliveira
"Como alquimista de mim mesma"
Tristeza
Choro
por todos os sóis
Que não pude
contemplar
Com olhos perdidos
de horizontes
Como dói!
Balanço meu corpo
Enquanto choro
Meu corpo se faz
barca
E as lágrimas
Se fazem Mar
Diluo todo meu ser
E torno-me líquida
como a tristeza
Que dilacera
pedras...
Entorno a tristeza
no cálice
Que transborda vida
E solidifico
depois
Como alquimista
de mim mesma
Sou pó de estrelas
a brilhar na
solidez humana
Na sordidez humana
Navego o Infinito
de olhos fechados
Adeus
Queria
Vez ou outra
Poder tingir o
olhar
De amarelo vivo!
Saber que depois
Do choro
Vem um sorriso
E o horizonte
inteiro
É palco e roteiro
Onde revezam-se
Infinitas auroras
E poentes...
Que a vida
é sempre ponte
A atravessar
Enquanto todo esse
encanto
Persiste em nos
envolver
E abraçar sem que
possamos
Muitas vezes, perceber...
As Estações giram a
roda da vida
O moinho de vento
A roda d'água
Chegadas e partidas
se intercalam
E o olhar do
coração
registra com exatidão
Cada sentimento
Embalando- o no
peito
Até que se diga
o adeus...
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