Preta em Traje Branco | Versos, Pão e Favela de Lu Amor Spin


Coluna 18


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Versos, Pão e Favela 


Mulher simples, humilde,

Diante das pedras no caminho

Nunca se curvou,

Por mais que carregasse da vida

Muito rancor.


Driblou a fome, a miséria,

Cravou sua marca,

Em escritos feitos no papel, jornal,

Era o que aliviava

Viver no barraco de pau.


Era chuva, era sol, adoecer nem pensar,

Tinha bocas para alimentar,

Seguia sua rotina, para garantir o pão,

Nas andanças pelas ruas

Deu rasteira na humilhação.


Um dia sem esperar,

A sorte foi lhe encontrar,

Sua jornada viria a mudar,

Os escritos de Bitita,

Começariam a voar.


Fez história no Canindé,

O sonho que parecia impossível realizou,

O pobre também pode,

Carolina nos mostrou.

 

 Bitita seguiu viagem,

Hoje se inspira em outro lugar,

Sem preocupar-se com uma casa para morar,

Ou vizinhos para implicar.


Seu legado continua,

Versos, favela, fome, miséria,

Escrita potente, feito rocha,

Permanece atual.


O corre no dia a dia do pobre

Pra conseguir um real,

Lutar para sobreviver,

E conseguir ao menos comer.

 

Luciene Amor36 anos, Mãe, Professora de Educação Infantil da Rede Pública Municipal- SP, graduada em Pedagogia pela faculdade Uni Sant’Anna em 2010. Amante da capoeira, da poesia, do Rap Nacional, Poeta do Sarau Elo da corrente. Atualmente é formadora do curso - Educar para a Igualdade Racial: Por uma educação antirracista - pelo instituto JPD, e participa de formações em oficinas voltadas à Educação Étnico Racial em instituições Escolares.


Instagram: @lu_capoeira_











 

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