Preta em Traje Branco | Versos, Pão e Favela de Lu Amor Spin
Mulher simples, humilde,
Diante das pedras no caminho
Nunca se curvou,
Por mais que carregasse da vida
Muito rancor.
Driblou a fome, a miséria,
Cravou sua marca,
Em escritos feitos no papel, jornal,
Era o que aliviava
Viver no barraco de pau.
Era chuva, era sol, adoecer nem pensar,
Tinha bocas para alimentar,
Seguia sua rotina, para garantir o pão,
Nas andanças pelas ruas
Deu rasteira na humilhação.
Um dia sem esperar,
A sorte foi lhe encontrar,
Sua jornada viria a mudar,
Os escritos de Bitita,
Começariam a voar.
Fez história no Canindé,
O sonho que parecia impossível realizou,
O pobre também pode,
Carolina nos mostrou.
Bitita seguiu viagem,
Hoje se inspira em outro lugar,
Sem preocupar-se com uma casa para morar,
Ou vizinhos para implicar.
Seu legado continua,
Versos, favela, fome, miséria,
Escrita potente, feito rocha,
Permanece atual.
O corre no dia a dia do pobre
Pra conseguir um real,
Lutar para sobreviver,
E conseguir ao menos comer.
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