Para não dizer que não falei dos cravos | Dois poemas de Tiago D. Oliveira do livro "Mainha"
Coluna 20 |
Dois poemas de Tiago D. Oliveira
do livro Mainha (Patuá, 2020)
Quando ornava a trança
fortalecia a aliança,
gesto leve que não cansa
pétala sobre lança.
Amarrava as andanças
da história moça,
quando ornava as tranças
ensinava sobre força.
Depois dava-nos um beijo
na testa e um olhar
de estrela, um fecho
entre eras e o luar,
quando ornava as tranças.
Imagem de Stux por Pixabay. |
Desde cedo foi perdão
abrindo as janelas,
varrendo aquele chão
com as horas nas panelas
velhas, como o São João,
alimentando as capelas.
Desde cedo foi perdão
abrindo as janelas
de um lar de indizíveis
galáxias perdidas,
pequenos jarros sensíveis,
antigas cartas relidas.
Desde cedo foi perdão.
Imagem de Manfred Antranias Zimmer por Pixabay. |
Tiago D.
Oliveira nasceu em 1984, em Salvador-BA, graduado e mestrando em Letras pela
UFBA, tendo passado pela UNL (Portugal). Tem poemas publicados em blogs,
portais, revistas e jornais especializados no Brasil, Portugal e Espanha.
Participou também de antologias no Brasil e em Portugal. Publicou Distraído,
poesia (Editora Pinaúna, 2014), Debaixo do vazio, poesia (Editora Córrego,
2016), Contações, poesia (Editora Patuá, 2018), As solas dos pés de meu avô,
poesia, publicado no Brasil (Editora Patuá, 2019) e em Portugal (Editora Gato
Bravo, 2021), e o livro Mainha, poesia (Editora Patuá, 2020). Escreve para o
portal literário Letras In.Verso e Re.Verso. Finalista do prêmio Oceanos 2020
com o livro As solas dos pés de meu avô e Vencedor do Selo João Ubaldo Ribeiro
2020, na categoria poesia, com o original Soprando o vento.
Contatos:
@tiagod.oliveira
tolidiasum@gmail.com
https://tiagodoliveira.wordpress.com
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