Preta em Traje Branco | Um giro no atelier de Lelé Gomes

Coluna 31

Um giro no atelier de Lelé Gomes

A vida é de ser encontro. As múltiplas linguagens que traçam intertextos com a poética da existência. Lelé Gomes é uma multiartista. Uma criatura adorável no jeito, no trato e no fazer. É das descobertas multicolores, que imprimem versos visuais na paredes, papéis, mentes, no intangível, na virtualidade.

Essa miscelânea cósmica do ser mulher e traduzir em Arte o olhar candura para o mundo. Por Guiniver 

1         “Desenhando a poesia, poetizando o desenho”, 2020. Desenho em papel A4 (297x210mm), 150 m/g², Aquarela e caneta nanquim (291x205mm) – Em meio ao isolamento social, ocasionado pela pandemia de 2020, sentir o toque da pessoa amada com o sabor do café é uma dança poética.

1.       “Nem vou citar o nome”, 2021. Desenho em papel A4 (297x210mm), 150 m/g², canetas marcadores à base de solvente – A ilustração é um retrato @evesilva feito a partir de uma foto que postou nas redes sociais. Os dreads, óculos, a posição e o empoderamento da mulher preta me encantaram, ao ponto de colocar no papel. 

         “Minha quebrada – Noroeste de SP”, 2021. Desenho em papel A4 (297x210mm), 300 m/g², Aquarela. Depois de digitalizado foi colocado os bairros que compõem a região Noroeste de São Paulo e o ícone de localização – Esta imagem foi um convite da supervisora escolar, Marcia Cordeiro, para ilustrar um texto do Coletivo Ocupa A Cidade.

 Quem não conhece o “Pico do Jaraguá” e a luta pela demarcação do território ao povo originário, nosso espaço é de resistência e soma de diversas frentes. É a luta por uma Educação Antirracista e pela diversidade, para que todos os corpos possam existir.  

Lelé Gomes (Andressa), arte-educadora e apaixonada em ilustrar as diversas formas de ser mulher.