- resenhas afetivas -
"DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS":
UM LIVRO SOBRE
AS DIVERSAS PROFUNDIDADES
DE QUE SE CONSTITUI O AMOR
"Teremos
perdido até a memória de nosso encontro...
Mas nos
reencontraremos, para nos
separarmos e nos encontrarmos de novo,
ali onde
os mortos se reencontram:
nos lábios dos vivos."
(Samuel
Butler)
* "Percebi que
tenho razão quando sinto que conhecia o meu pai e o tamanho das suas emoções." (p.
48)
* "(...)
escrevo sobre respeito, valores, até direitos. Porque há coisas que precisamos interiorizar
bem. Coisas sobre as quais temos a obrigação ética de tomar posição. Também
isto aprendi com o meu pai." (p. 70)
* "É certo
que, quando escrevemos, arrumamos ideias, obrigamo-nos a torná-las
percetíveis, num esforço para encontrar as palavras certas, as que queremos
escrever. Depois de escritas, tornam-se mais duradouras que as palavras ditas, dão-nos licença para olhar para elas com mais atenção, reencontrá-las em leituras sucessivas." (p. 121)
* "É como se
cada livro fosse, no fundo, uma pequena comunidade, interrelacionada com outras
em ecossistemas cada vez mais complexos, sucessivos capítulos de um sistema
imenso que dá pelo nome de 'O livro da Vida'. Ou, ainda mais simples, 'Vida'." (p. 122)
(* Violante Saramago
Matos, in: 'De memórias nos fazemos')
Estamos em novembro. Daqui a pouco teremos o dia do centenário do escritor português José Saramago, nascido a 16 de
novembro de 1922. Para celebrar a data, vários eventos já ocorreram (ou ainda estão a acontecer) em Portugal, e também no Brasil, inclusive com a presença de Violante Saramago Matos, única filha do escritor, que aqui esteve em outubro último (Curitiba e São Paulo). Entre eles está a publicação do livro DE MEMÓRIAS NOS
FAZEMOS (Portugal: Edições Esgotadas, 2022), no qual Violante visita o passado, registra lembranças, partilha afetos e momentos marcantes de sua convivência com o pai. Tive a honra, o prazer e imensa emoção de receber de presente, pelas mãos da autora, um exemplar dedicado e autografado dessa obra fantástica, que nos permite um mergulho não apenas na alma do escritor Saramago, mas também na alma da filha, bióloga, pintora e escritora.
Trata-se de um 'livro-homenagem'. Mas não somente.
Percorre dimensões outras, muito além da realidade linear estipulada pelo
humano na concretude da existência. O pensamento de Violante viaja ao passado como
quem abre uma janela e, de imediato, já está lá, observando atenta os gestos,
atitudes, comportamentos e modo de olhar e compreender o mundo, do pai, amigo,
pensador, humanista e escritor José Saramago. Não há como ser diferente, afinal, por uma simples questão de destino, é sua filha.
Para escrever as memórias de que é feita, Violante optou por reler várias das obras de Saramago,
talvez por necessidade de retomar também as lembranças dos momentos
sagrados da escrita do pai, já que foi, tantas das vezes, testemunha ocular de suas
criações literárias. Em 'Nota de abertura', ela inicia escrevendo: "Tenho
ocupado uma parte significativa destes últimos tempos a reler alguns livros do
meu pai, como se tivesse sido precisa esta releitura para que umas entrelinhas
ficassem mais preenchidas e certas incompreensões resolvidas. (...)" (p. 7).
E complementa: "(...) Dele [José Saramago, anotação minha], há muito tempo que guardo na gaveta
da mesa de cabeceira um papel com um pequeno excerto, 'porque gosto de
conversar consigo como se não fosse meu pai, gosto de fazer de conta, como diz,
de que somos simplesmente duas pessoas que se querem muito, pai e filha que se
amam porque o são, mas que igualmente se quereriam com amor de amigos, se o não
fossem' (...)" (p. 9). As memórias da filha são inúmeras, em diversas circunstâncias: da infância à adolescência, da vida adulta ao casamento, e mesmo no decorrer do tempo que se seguiu, quando da morte da mãe, Ilda Reis (1998), e até a morte da do pai em 2010.
"Como é que tu escreves sobre uma coisa de que sabes nada?",
perguntou o pai à jovem filha Violante. Ela nada respondeu. E então, já tão cedo compreendeu um dos
primeiros ensinamentos do 'educador' Saramago: nunca falar ou escrever sobre o
que se desconhece ou sobre o que não se estuda (pp. 13-14). Mas as memórias da filha não são apenas aquelas da
convivência com o pai e com a mãe. Também são aquelas da vida social, e as das leituras da obra do escritor. Por exemplo, do livro Ensaio sobre a
cegueira: "Há dentro de nós uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que
somos". Violante relata que, quando foi viver na Madeira (Funchal), decidiu
por não mais usar o sobrenome do pai, apenas o do marido. Pronto, Violante
Matos estava de bom tamanho: "(...) Fui criando o meu espaço. Afirmando a minha
presença e a minha intervenção (...)" (p. 16). E, diante de um determinado evento do
cotidiano, registrou: "(...) Por hábito, consciente ou não, vemos os outros, e
a nós, pelo invólucro externo, o 'embrulho', o aspeto [aspecto, anotação minha], a cor dos
cabelos, o tom da pele, a roupa, o nome que a cada um identifica, impresso em
letra de forma nos documentos oficiais. É tudo? Não, é tantas vezes nada. Olhar
para os olhos, pode ajudar alguma coisa. Mas como fazer, em tempos em que a 'cegueira'
prevalece? (...)" (p. 15).
As recordações são tantas, difícil dizê-las todas quando as
palavras, por mais que se refiram, nunca são os próprios sentimentos, nem as sensações ou emoções evocadas [ahhh... as palavras, essas bailarinas da alma, que dançam os sentidos, mas
jamais os substituirão propriamente]! Porém, ainda que seja limitado e tão complexo o processo de 'tradução da alma'
para a linguagem escrita, Violante consegue ir muito fundo, e além do fundo,
ultrapassando fronteiras quase impossíveis, porque é toda feita de memórias –
como a maioria de nós. Por exemplo, ao trazer ao presente lembranças de momentos tão difíceis, mas sempre possíveis de serem superados quando sustentados pelo amor materno e/ou paterno: a perda de um filho,
uma doença grave, ou a prisão ainda jovem porque se opôs à ditadura, ficando encarcerada por 3 meses em 1973. E a lição: jamais ter pena de si mesma, pois "(...) há sempre alguém pior, muito pior do
que nós (...)" (p. 23).
Das percepções de Violante temos muitas descobertas
sobre o pai José Saramago: não era de bater em filha, não era de gritar com
filha – era de ensinar, na maioria das vezes de modo indireto, sutil, para que a
reflexão, o insight acontecesse naturalmente. "(...) Às perguntas difíceis
raramente dava resposta direta; preferia ir rodando, rodando, levando-me com
ele até eu conseguir encontrar os porquês. (...) Com o passar dos anos, com a
vida, percebi que, naquele dia, o meu pai me estava a dar duas lições. A de que
olhar para o espelho é importante para avaliarmos, sem testemunhas, connosco,
os nossos atos, o que fazemos e como fazemos. E uma outra, talvez ainda mais
importante, a de que olhar para o espelho só importa se nos importarmos com a
imagem que ele nos devolve (...)" (p. 31).
Durante esta leitura tive a impressão de que, aos olhos da filha, Saramago era um homem feito de
dois maiores 'sagrados': os livros ("... porque escrevendo diz-se mais e melhor", p. 125) e o
silêncio (um sinal para a quietude da casa): "(...) E havia o silêncio. Pai a trabalhar, a ler, a escrever, à mão ou
na máquina, significava silêncio na casa (...)" (p. 35). Através do silêncio e dos livros o pai seguia a ensinar a filha e, ela mesma conta que, com os dois primeiros livros por ele presenteados, aprendeu
duas lições: "(...) a primeira é que nunca lemos tudo da primeira vez que
lemos; a segunda é que temos que aprender a ler para lá do que as palavras nos
permitem ler (...)" (p. 36).
Este livro é todo perpassado de sentimentos,
emoções, pois as memórias assim são feitas: da 'matéria' mais volátil possível, que sangra o tempo inteiro enquanto se vive. Por isso, Violante faz questão de anotar o que
disse o pai: "Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de
carne, e sangra todo o dia" (p. 41). E ela altera o dito, explicando seus motivos: "(...) 'Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne. Uns
dias sangra. Outros, comove-se'. É que, de qualquer modo, sangrando ou
comovendo-se, falamos de sentimentos e emoções. E são eles, os corações de
carne, que nos ajudam a construir a vida. São eles, os corações que não são de
ferro, que nos permitem esperança numa possibilidade de futuro (...)" (p. 42).
Lendo cada uma das tantas memórias registradas neste
livro tão precioso para o entendimento do homem, pai e escritor José Saramago,
tanto quanto para a compreensão da mulher, filha, bióloga, pintora e escritora Violante Saramago
Matos, fico a refletir sobre minha curiosidade por muito mais – por exemplo, buscar pela leitura de outras
das suas obras e, em especial, pela leitura do discurso de
Saramago, "De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz", na
Academia Sueca, quando da entrega do prêmio Nobel de Literatura, em 1998,
mencionado à p. 53.
Ambos, pai e filha, sinceros, corajosos, inteiros em
suas atitudes perante a vida, diante de si mesmos, entre eles e perante o mundo, como indicou
Violante, mais de uma vez, em suas memórias 'de filha do escritor Saramago':
“(...) Creio que a nenhum de nós era possível deixar à porta de casa pontos de
vista e convicções. Ser dentro de casa o
que não éramos fora dela. Ou imaginar,
ingenuamente, que o amor entre pai e filha tudo apagaria. Foi preciso crescer,
aprender, amadurecer, viver. (...)" (p. 56); "(...) o meu pai me abraçou,
falámos do que tinha acontecido e entre outras coisas disse-me que esperava que
eu tivesse percebido como é preciso que não haja dificuldade de comunicação
entre as pessoas, como é importante falar de modo que a que os outros nos
entendam, até porque isso significa sentimento e respeito. (...)" (p. 74); "(...) comecei a perceber que o que tem de facto significado é o que
somos, quem somos, como somos. (...) Talvez por isso lide tão mal com o
disfarce, a hipocrisia, o faz de conta, o oportunismo. Talvez por isso ache cada vez mais estranho
que se enalteça o vale tudo, o passar por cima, a golpada, a falta de
ética e de seriedade. (...)" (pp.
77-78). Pai e filha nas relações de aprendizado sobre a vida, na
responsabilidade individual sobre as escolhas no decorrer da vida – e é preciso
saber que muitas vezes (ou quase sempre) custa caro, muito caro, ser diferente,
ainda que, a certas alturas, não se entenda "por que não podemos ser como
somos. E não nos sentimos à vontade, quando nos apontam o dedo. (...)" (p. 89). E que, embora alto o preço,
vale a pena continuar, quando se quer prosseguir sendo o que se é, com convicção.
Não é apenas sobre Saramago que Violante escreve. É
sobre Violante e sua maneira tão única de ver o pai, o homem íntegro, o cidadão, o escritor, e sobre a vasta obra que este deixou: poesia, romance, teatro, ensaio, crônica literária, crônica política, diário, etc. É
sobre os homens, as mulheres, as relações humanas que nos perpassam a todos, o
tempo inteiro, e que o escritor sempre referiu em seus livros,
dando-lhe (dando-nos) exemplos evidentes de sua conduta extremamente ética diante do mundo. É sobre "as coisas de dentro", quiçá a razão primordial que faz alguém entregar-se
de alma inteira à literatura. Ainda que a pele seja "tudo quanto queremos que os
outros vejam de nós, por baixo dela nem nós próprios sabemos quem somos" (p.
106) e, por isso mesmo a literatura: no uso da palavra, a busca por
compreensão de si ao final das contas – porque a partir do entendimento de si mesmo sempre é mais fácil compreender o outro.
Ainda que se trate de um livro todo construído dos 'tijolos' das lembranças de Violante a respeito do pai, sua
mãe, Ilda Reis (artista plástica, pintora, gravurista premiada), também está presente em DE MEMÓRIAS NOS FAZEMOS. Não há como assim
não ser, porque Violante não pode deixar de referir, e por isso mesmo, com total razão diz: '(...) Dela, muito
discreta, quem sabe se descrente da sua dimensão, posso dizer que me ficou um
mundo inteiro de afetos e abrigo, uma imensa falta de jeito para me pôr 'em bicos de pés' [vaidosa, soberba, anotação minha], mas ficou ainda mais um extraordinário exemplo de força e
coragem (...)" (p. 9). E também observa: "(...) Não há grandes homens com
grandes mulheres atrás. Há grandes homens. Há grandes mulheres. Ou não. Tive o
imenso privilégio de ter vivido e crescido no meio deles, aprendido com eles.
Tenho total consciência da imensa honra e da responsabilidade (que exijo de
mim) por ser filha de um homem que mereceu o Prémio Nobel da Literatura e de
uma mulher que recebeu o Prémio Europeu das Artes. E tenho a absoluta certeza
que muito de quem sou vem de quem comigo vivia naquele 'rés do chão' [pavimento no andar térreo, anotação minha] da Rua
Trindade Coelho. (...)" (pp. 50-51). Ao final do livro, ainda lembra: "Sou
filha de gente grande. Entre o orgulho que tenho no que eles foram e o medo de eu
falhar, tive de aprender a ser eu, para além de ser filha de gente grande. E
sempre gostei, e também precisei, de os ouvir (...)" (p. 125). Violante
Saramago Matos: sim, "filha de gente grande", mulher imensa na postura perante
o mundo!
O filósofo e epistemólogo francês, Gaston Bachelard (1884-1962), escreveu que "é necessária a memória de
muitos instantes para fazer uma lembrança completa" (in: "A intuição do
instante", p. 19). Violante conseguiu reunir inúmeros instantes ao
fazer-se em memórias, para nos brindar essa 'lembrança/livro' de si mesma com o
pai. Para nós, leitores, estou certa de que não é um livro feito apenas de 'pinceladas' de
instantes, mas de uma "lembrança completa", ainda que nela caibam muitos,
milhares de outros instantes – traduzidos nas outras tantas memórias que seguirão a chegar – e que o tempo haverá de agregar!
Não. Não é apenas um livro sobre memórias. É um livro sobre escutas, percepções, afetos, aprendizados. É um livro sobre as diversas profundidades de que se constitui o amor.
Obrigada, muito obrigada por nos contar, Violante!
(Nic Cardeal, aos 8 de novembro de 2022, aniversário de Violante Saramago Matos)
capa do livro De memórias nos fazemos
Uma crônica do livro De memórias nos fazemos:
"MERGULHOS
Se é verdade que de memórias nos fazemos, também nos fazemos dos livros que vamos lendo ao passar dos anos, sendo certo que o que lemos num livro tem muito que ver com o que lá somos capazes de ler.
Não há leitores iguais, como não há leituras iguais. E as várias leituras feitas pela mesma pessoa são como paisagens que observamos por diversas vezes, encontrando sempre coisas novas. E tal como há paisagens que me agarram ou me emudecem, também acontece que, por uma razão ou por outra, há livros que me chamam mais a atenção ou, tão simplesmente, sobre os quais preciso de estruturar a leitura, tomar notas, arrumar ideias para compreender.
Podem nem ser os livros de que gosto mais, que me estão mais próximos – e já disse várias vezes que o Ensaio sobre a cegueira é o meu livro de cabeceira – mas são certamente livros aos quais precisei de dedicar mais tempo, mais atenção, mergulhar mais fundo. E por isso são sempre livros que também me formam de um modo particular.
Alguns desses mergulhos aqui ficam, na absoluta certeza de que não são escritos teóricos nem se encontrarão reflexões sobre literatura, processos linguísticos, estilos. E como há muito tempo aprendi que só devemos falar do que sentimos, do que sabemos, do que nos toca, o que aqui fica é só resultado do que a bióloga, que é também a filha, é capaz de ler, refletir e dizer do que leu.
Possam eles (os mergulhos) despertar curiosidade, aliciar para mais leituras, permitir descobertas, quem sabe levando a outras interpretações.
Possam os mergulhos criar novos leitores da obra do escritor e novos descobridores do homem."
(pp. 97-98)
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fotografia do arquivo pessoal da autora
VIOLANTE SARAMAGO MATOS é natural de Lisboa/PT e atualmente reside em Funchal, Ilha da Madeira/PT. Licenciada em Biologia, foi professora do ensino secundário e técnica de controle laboratorial de alimentos. Também exerceu atividade extra-profissional em questões ligadas ao ambiente e ao ordenamento do território. Foi ativista e dirigente da luta estudantil contra a ditadura e a guerra colonial e, em 1973 passou 3 meses na prisão de Caxias/PT. Após 1974 continuou a exercer atividade política, tanto em partidos quanto em movimentos cívicos, como o de apoio ao Timor-Leste contra a guerra do Iraque, e o a favor da despenalização da IVG (interrupção voluntária da gravidez ou aborto voluntário). Foi Deputada da Assembleia Legislativa da Madeira, entre 1996 e 2000, e em 2006. Também exerceu o cargo de Vereadora na Câmara Municipal do Funchal, entre 1997 e 2001. É escritora de literatura infantojuvenil, além de poeta, contista, cronista e pintora.
Livros publicados: O Quinas ganha uma casa (infantil, Vila Nova de Gaia/PT: Editora 7 Dias 6 Noites); A história de um instante (Funchal/PT: Nova Delphi/2012); Beijinhos (infantil, com Luísa Antunes Paolinelli, Porto, Viseu, Lisboa, Aveiro/PT: Edições Esgotadas/2011-2021); Na primeira pessoa (Vila Nova de Gaia/PT: Editora 7 Dias 6 Noites); Quinas - à descoberta (infantil, Editora O Liberal/2015); Quinas, pelo mar fora (infantil, Edições Esgotadas/2018); Quinas, uma viagem à Ria (infantil, Edições Esgotadas/2019); Quinas com a Kali no Paúl (infantil, Edições Esgotadas/2011, 2021); Tixa a Presidente! (infantil, com Luísa Antunes Paolinelli e Raquel Lombardi, Edições Esgotadas/2019); Pintas e Pirata - Detetives de pata cheia (infantil, Edições Esgotadas/2020); Quando o verão amadurece (crônicas e contos, Edições Esgotadas/2020); Escritas da pandemia com caneta e pincel (poemas e crônicas, Edições Esgotadas/2021); De memórias nos fazemos (memórias, crônicas, Edições Esgotadas/2022).
Que maravilha de resenha, Nic. Obrigada por nos apresentar essa escritora maravilhosa e que nos mostra um Saramago tão próximo, tão de carne e osso, tão especial ser humano. Agradeço também pela oportunidade de tê-la conhecido pessoalmente na palestra que deu em Curitiba.
ResponderExcluirAo ler, conhecer, aprofundando essa linha de pensamento, deixou-me penetrar nesse universo íntimo do Homem que Portugal venera!
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