Para não dizer que não falei dos cravos 03 | "PALMAS PARA A URSINHA MARROM", um conto infantil de DIAS CAMPOS
Para não dizer que não falei dos cravos (03)
"PALMAS PARA A
URSINHA MARROM"
Um conto infantil de
DIAS CAMPOS
"Ursinha Marrom acordou bem disposta
e com muita fome.
Mamãe Ursa tinha acabado de colocar um montão de comida na mesa.
Ela tomou leite, comeu cereal, e se lambuzou de mel.
Mamãe Ursa ficou satisfeita.
Em seguida, Ursinha Marrom pediu para ir brincar no bosque.
Mamãe Ursa deixou, mas pediu que ela
não fosse muito longe.
E Ursinha Marrom saiu cantando e saltando.
Depois de alguns minutos passeando, ela começou a ouvir uma doce canção.
Era tão suave, tão agradável, que Ursinha Marrom parou e ficou só ouvindo.
Ela estava encantada com aquela música!
Mas não conseguia saber de onde vinha.
Fuça daqui, fuça dali, e ela percebeu que a canção vinha detrás de uns
arbustos.
Ursinha Marrom era curiosa. E foi se aproximando, se aproximando...
Até que viu uma linda menininha sentada no chão, vestida de camponesa.
E enquanto brincava com suas bonecas, cantava como se fosse um anjinho.
Só que Ursinha Marrom começou a ficar chateada.
É que ela via aquelas bonecas, e ouvia aquela voz...
Mas as bonecas não eram suas; nem ela cantava com a mesma suavidade.
Ela atravessou os arbustos, fez cara de brava, e urrou o mais forte que pôde!
A menininha correu assustada. E foi se esconder dentro da sua cabana.
Ursinha Marrom começou a brincar com as bonecas. E ficou contente.
Mas logo se entristeceu, pois quis cantar como a menininha, e só saíram
urros.
Então ficou muito brava! E começou a morder as bonecas!
A menininha via o que se passava através da janela da cabana.
E passou a rezar pedindo ajuda, pois seu pai tinha saído para trabalhar.
Eis que uma Pomba Branca apareceu. E voou sobre a cabeça da Ursinha
Marrom.
E depois que já tinha chamado a sua atenção, foi pousar em um galho próximo.
Ursinha Marrom se sentiu incomodada. E urrou para a Pomba Branca ir
embora.
Mas o pássaro não tinha medo. E não desgrudou os olhos dela.
Ursinha Marrom ora mordia as bonecas, ora olhava para a Pomba Branca.
Até que largou as bonecas e perguntou o que ela queria.
Pomba Branca respondeu que a menininha queria voltar a brincar e a cantar.
Ursinha Marrom disse que ela também queria brincar e cantar como a
camponesa.
Mas Pomba Branca questionou se tomar o que é dos outros deixava todos
felizes.
Ursinha Marrom não respondeu.
Então ela indagou se querer ser igualzinha aos outros fazia Ursinha
Marrom feliz.
E ela continuou muda.
Por fim, Pomba Branca quis saber se Mamãe Ursa ficaria feliz com o que
ela fez.
E Ursinha Marrom largou as bonecas, sentou no chão, e começou a chorar.
Ouvindo o seu choro, aquela menininha reapareceu, cheia de dó.
Ursinha Marrom percebeu, enxugou as lágrimas, e se levantou.
A menininha retirou um pirulito do bolso, desembrulhou, e entregou para
ela.
E como Ursinha Marrom adorava doces, pegou o pirulito, e começou a lamber.
Hum!... Estava delicioso!
Ursinha Marrom estava muito envergonhada. Mesmo assim, continuou a
lamber.
A menininha ficou confiante. E sugeriu que brincassem juntas.
Ursinha Marrom ficou surpresa. Mas aceitou com prazer.
E deram as mãos, em sinal de amizade.
Daí Pomba Branca bateu asas e foi pousar sobre as mãos das novas amigas.
Ambas tomaram um susto! E riram da situação.
Ursinha Marrom pediu mil desculpas. Disse que estava arrependida.
E prometeu não tomar o que é dos outros, nem querer ser igualzinha aos
outros.
A menininha sorriu.
Brincaram por um bom tempo. E nem ligaram se as bonecas estavam mordidas.
Até que a saudade apertou... E ela quis voltar para os braços da Mamãe
Ursa.
Ursinha Marrom e a menininha combinaram de se reencontrar muitas vezes.
E toda vez que isso acontecer, a Pomba Branca da paz estará sempre ao
lado delas."
fotografia do arquivo pessoal do autor
DIAS CAMPOS é escritor, foi destaque literário 2020, concedido pela Mágico de Oz. Embaixador da Literatura, título concedido pela Corte Brasileira de Letras, Artes e Ciências - COBLAC, 2020. Ambassadeur Honneur et Reconnaissance aux Femmes et Hommes de Valeur, título concedido pelas Luminescence Académie Française des Arts, Lettres et Culture – Literarte, 2020. Destaque Cultural 2019; Destaque Social 2019; Embaixador da Paz; e Comendador da Justiça de Paz, com a Comenda Internacional Diplomata Ruy Barbosa “O Água de Haia”, os quatro títulos conferidos pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos – OMDDH, 2020. Prêmio Internet Coblac – Corte Brasileira de Letras, Artes e Ciências, 2020. Destaque Literário no 32º (2020) e no 28º (2018) Concurso Literário de Poesias, Contos e Crônicas, promovido pela Academia Internacional de Artes, Ciências e Letras a Palavra do Século 21 – ALPAS – 21. Ganhador do Troféu Destaque na 7ª Edição do Sarau Musical Cultural, 2019. Menção Honrosa no Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes – 2019. Selo Destaque do mês de agosto, conferido pelo site Vozes da Imaginação, 2017. “Embajador de la Palabra”, título concedido pela Asociación de Amigos del Museo de la Palabra, 2014. Foi o 3º colocado no I Concurso de Crônicas da Academia Bragantina de Letras, 2014. Ganhador do Prêmio Latino-Americano de Excelência, 2013; Medalha de Ouro no I Concurso Oliveira Caruso, 2011. Vencedor do Concurso Mundial de Cuento y Poesía Pacifista, 2010; 3º colocado no II Prêmio Araucária de Literatura, 2010.
É membro da Academia Mundial de Cultura e Literatura – AMCL; do Núcleo Acadêmico de Cultura, Letras e Artes do Brasil – NACLAB; da Academia Independente de Letras – Ail Ordem Scriptorium; da Academia Luminescense da Devoção as Artes e Letras – Sucursal Brasil; da Academia Caxambuense de Letras; da Academia Cachoeirense de Letras, da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências a Palavra do Século 21 - ALPAS 21, da Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos, da Asociación de Amigos del Museo de la Palabra, do Movimento Poetas del Mundo, e da Revista Itinerário Imprevisto.
Colunista do Jornal ROL; do (atual) site Cultura & Cidadania; do Portal Show Vip; e do (atual) portal 'Pense! Numa notícia'.
É autor do romance As vidas do chanceler de ferro (Lisboa: Chiado Editora, 2009), e do romance A promessa e a fantasia (Promise and fantasy), ambas as versões em Amazon.com.br, 2015; além de diversos outros textos literários; como também de livros e artigos jurídicos.
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