Entrevista com a poeta Alexandra Vieira de Almeida | Por Fernando Andrade
Imagem de Tiberius Drumond. Entrevista com a poeta Alexandra Vieira de Almeida - Por Fernando Andrade Fernando Andrade (F.A.): O corpo continua sendo seu lugar de pouso e destino em sua poética. Mas não um corpo utilitário, depósito de nomes, mas sim, um corpo-escrita, onde a imanência é tão forte com relação a verbos como ser, estar, permanecer. Como se faz esse corpo-escrita? Alexandra Vieira de Almeida (A.V.A.): O título representa um simbolismo místico, mítico e literário da solidão e da comunhão necessárias ao poeta para que o processo inventivo da poesia se dê. O pássaro é o próprio poeta que cria com originalidade e inventividade o texto literário. Procurei, a partir de meus poemas, despertar a libertação do corpo do ser do poeta da imaginação para o campo da realidade. Deve se criar um movimento em que o cenário do mundo todo seja inserido no seu ser-corpo para que sua relação com os outros e a realidade circundante tragam a ele os voos da criação poética. Como dizia o gra