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Preciosidades Antológicas 04 - três autoras

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|  coluna 04  | Preciosidades Antológicas - três autoras Ana Cecília Romeu, Ana dos Santos e Angela Zanirato por Chris Herrmann Na coluna de hoje, destacamos o poema das três autoras acima, da  I Antologia Digital de Poesia Porque Somos Mulheres , lançada em Maio/2020 pelo selo Ser MulherArte Editorial . Foram 149 poetas selecionadas e/ou convidadas das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito selo Revista Ser MulherArte, 2020

Uma prosa poética / Ana Cecília Romeu

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Fotografia por Luíse Rodrigues da Costa - Bolero en El Ateneo Grand Splendid - por Ana Cecília Romeu Buenos Aires, outono. A mulher estava no café da livraria, alojado no palco do que antes fora o teatro homônimo, atestando se aquela era de fato a segunda mais bela loja de livros de todo o mundo. Sentou-se à mesa de canto segurando uma antologia de Cortázar, edição de luxo, capa dura em dedos macios. Sorvia o café meio-forte, folheando-a aleatoriamente ao deixar que o destino e seus sortilégios elegessem um futuro mais claro, como quem se esquece da bola de cristal, mas ainda crê nos reflexos das bolhas de sabão. Com os aromas do café, de seu perfume preferido e da tinta fresca na parede lateral, abriu à página 44: “Fui una letra de tango Para tu indiferente melodia.” * Apertou com o indicador direito as duas gotas de café que, indisciplinadas, saltaram da xícara. Entre suas digitais, sonhos furtivos e toda a eternidade, disse-lhe o poeta o que não ousou contestar. Estava

Ana Cecília Romeu em uma Prosa Poética

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Ovelha de Nuvem  Entre desassossegos de grandes passados e pequenas chances de hoje, a mulher inventou um promissor prado cor celeste. Contou carneirinhos, leu pensamentos e amores, respirou raridades, escarrou nas dores, ensaiou beijos e versou nas poucas horas vagas segurando um sorvete de limão, seu favorito. Não passava de uma Ovelha de Nuvem em céu escarlate. Qualquer pingo de satisfação que lhe chegasse aos dedos, o transformaria em algodão: branquinho, macio, modelável, palpável. Pois assim deveria ser sua trajetória: um par de sonhos, outro tanto de obras em andamento e o etéreo na adição das linhas de suas mãos. Um arremesso ao longe na brevidade da vida, e um chega para cá na felicidade em dízimas periódicas Fotografia por Luíse Rodrigues da Costa     Ana Cecília Romeu é gaúcha de Porto Alegre. Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela PUC/RS, também estudou Artes Plásticas e Arquitetura pela UFRGS. Desde 2010, publica artigos em