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Mostrando postagens com o rótulo Arte

Uma série pictórica de Neide Silva | Flores do Cerrado

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  Flores de Pequi. Neide Silva. Uma série pictórica de Neide Silva Flores do Cerrado Neide Silva salva o Cerrado O conjunto de telas sobre as quais me detenho pode ser observado como um símbolo espelhado do desejo humano diante de perdas ou catástrofes limítrofes. Utilizando a técnica acrílico sobre tela e paleta de cores vibrantes, mais do que a poesia das flores da paisagem local, do Cerrado, essa natureza tão nossa, a obra recente de Neide Silva resgata a natureza num movimento (talvez inconsciente) que perpetua imagens, matizes e formas para salvar o que vem virando cinza sob os nossos olhos. O movimento se dá no sentido de recuperar os tons da vida que pulsa como refúgio, santuário, paraíso terreal pleno de mel, em que as flores dos frutos antecedem o banquete de delícias. Se o Pantanal e o Cerrado arderam em chamas, a artista reverte o cenário de agonia que se espalhou e manchou os céus com um rastro de tons obscuros, dantescos e sufocantes. Neide Silva, filha da terra, como que

Seis pinturas de Susy RabiscArt | Desejo de voar

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  Susy RabiscArt Seis pinturas de Susy Susy RabiscArt Desejo de voar Susy RabiscArt Susy RabiscArt Susy RabiscArt Susy RabiscArt Susy RabiscArt "Escolhi ser conhecida artisticamente como Susy RabiscArt . Sou desenhista, colorista, pintora e ilustradora freelancer. Trabalho com cores marcantes para passar sensações em minhas obras. Amante das Artes desde o nascimento, sigo aperfeiçoando minhas técnicas ao longo de minha existência. Dedico meu tempo criando artes diferenciadas e exclusivas, com um estilo único, entre surrealismo e psicodelia, no qual externalizo sentimentos. Meu objetivo é fazer o espectador sentir e/ou fazê-lo se questionar sobre a mensagem proposta."

Coletivo Contemporâneos

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  |  Caderno de Arte 03  | Coletivo Contemporâneos por Lu Valença HABITAMOS E TIVEMOS INÍCIO NO MESMO TEMPO .      Qual foi a primeira manifestação criativa da espécie humana? A arte. Foi empregando a arte que nossos ancestrais puderam expressar e realizar suas ideias, artísticas e linguísticas. Com a primeira manifestação artística, superou-se a falta de educação e recursos, abrindo-se, com a transmissão das ideias por meio de imagens, o caminho para a comunicação e a propagação das ideias. Desta forma, os pensamentos se tornaram visíveis e imediatamente reconhecíveis até mesmo para os iletrados. Essa prática, nos permite afirmar que o homem atual igualmente valoriza símbolos e sinais e reconhece a arte como forma de expressão e entendimento capaz de transpor barreiras como as diferenças culturais, de linguagem e de nível de instrução. O  CONTEMPORÂNEOS foi criado para manter essa tradição acesa, disseminando a importância visceral que a arte tem, em suas variadas formas, de servir co

Fernanda de Paula e a poesia de sua janela enluarada

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Letícia de Paula Pôr do sol de outono dói mais.  Mesmo quando  uma imensa alegria me acena  por detrás  de montanhas azuis, essa saudade gorda  faz o  que vejo pela janela vestir um brilho úmido  de  lágrimas. A luz do ocaso é cor sem nome.  Ressoa  grave, em lilás desmaiado,  levemente coberto  de uma poeira vagarosa  de terra vermelha.  A alma acorda sonolenta,  os olhos enfumaçados  de preguiça e canção.  Tudo no entorno é velho  – também minha voz.  Viver parece coisa antiga.  O amor boceja. Letícia de Paula   Com a garganta dormente de tudo que não disse quando podia,  lavo o peito da saudade.  Costumava colher florinhas amarelas no mato. Só, por detrás das encostas da imaginação, observava uma velha  plantadora de árvores no meio do deserto. Pensava o que aquela mulher  de tez engruvinhada de histórias tanto escondia no chão,  as mãos de desenterrar sonhos...  Com que leveza d’alma ela regava  as

A poesia caleidoscópica e caudalosa de Cristina Siqueira

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imagem: arquivo pessoal da autora Cinco poemas de Cristina Siqueira Tempo de faltas e excessos  Rumo incerto  Soçobrei  Só sobrei  ** Máximo e mínimo  Houve um tempo  de fragmentos  da arte  devoção dos monges fragmento de mísseis  escombros  a clamar seus donos  vírus da asfixia  um nada nas sombras  Sobras de humanidade  Houve um tempo   de águas pacientes a germinar sementes do Amor  e de dramas tenebrosos  trazendo o desejo  de provar o alívio da Paz ** Sem perdão  Rasgou o verbo  O verso  O papel ao meio Rasgou o mar  A bandeira  Rasgou o vestido  a camisa dele  Rasgou a pele  em ira desfeita  Mas quando  rasgou dinheiro Sentiu o peso  do desaforo  viu o coração no bolso Partido em miúdos  e o sangue nos olhos  dele  desaguando inteiro  Crucifixou-se ** Na época em que  as mulheres bordavam Ponto a ponto suas vidas  Suas cabeças criavam  pássaros Que fixos no bas