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A poesia "Vermelha" de Dairan Lima

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Obra de Carlos Sena Passos VI O ritual do amor são vestes jogadas ao chão A tua olheira de prata e um olhar inquisidor. XVIII Sou apenas pó e sinto falta de ar. XIX A vida saía de nossa boca e o encontro era a canção. Um dia, você enrodilhou a estrada colocou-a no bolso e foi assobiando. Eu, engasgada, furei os olhos. xxv Moços todos que passam trepados nos seus motores, suplico: casai comigo, que sou bela virgem santa. Moças todas que desfilam com seus vestidos de gaze, imploro: dormi na minha cama assassina. Moços e moças, é urgente o meu pedido - como fosse ordem divina - não terrestre: -acariciai o meu sexo desgraçado! Obra de Carlos Sena Passos XXX 3/10 Algumas cicatrizes. Eis a essência de meus pertences. Uma cicatriz no supercílio esquerdo, uma taça de cristal quebrada. 4/10 Um presente: o vestido de ninfa que doei à empregada. Um breve encolher de ombros, a vida inteira qu