Um olhar poético - por Mariana Belize/4 poemas
Carmen Luna Cavo pouco a pouco um buraco no quintal para enfiar dentro dele a mulher desiludida. *** quilates tradição e linhagem um de nome outra de sangue alheio no combate que não estive lava a honra no sangue e na espada fracamente a luz balança na casa onde a mãe e a menina se mantém cativas honra e glória para a posteridade do homem que primeiro assinou um papel de seu desejo a propriedade quem dera voltar no tempo e resgatar minhas delicadezas impossivelmente real como a padaria do outro lado da rua fechada sem tabuleta na porta sem ninguém que venda o pão sem alguém que olhe aqui pra mim neste quarto e me faça erguer os braços agradecendo por estar viva nada disso que mulher só fica vai ficando permanecendo cada vez mais quieta sem deixar rastros nem palavras catando etiquetas poeiras e as palavras já vai esquecendo permanece propriedade de outro. descansa, amor, dessa aflição