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Edna Almeida | 5 poemas

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LucianeValença Em nosso jardim Ah esse entrelaçar Que nem sempre vejo Vem-me assim Caminho no tempo Sentimento de estar solto e preso Nessa rede de estar entre linhas De tecer paulatinamente Ter casa estar de passagem Não é ilusão o presente È vida! Meus olhos precisam olhar devagar. Luciane Va   lença O impulso O que provoca não é o corpo, Não é o nu. É o imprevisto O movimento em cena como um risco. O puxar da roupa que ameaça os meus olhos profanos E pára, não era nada? Fica no ar o que os olhos pensavam Como quem tira a casca,  E provoca. Ninguém suga. É isso que me leva junto, O impulso. O ato eu conheço, O nu eu já vi.  Mas mil vezes imaginar, O que causa perturbação  É a pirraça.  Que deixa a casa dos olhos à beira do caminho  Imaginar, arte santa e não profana. Ai que vergonha! Luciane Valença Céus de estrada. Pensar e escrever são mesmo como uma estrada Surge sem que precisemos tirar o corpo do l