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Mostrando postagens com o rótulo Esther Alcântara

A INCRÍVEL POESIA DE ESTHER ALCÂNTARA | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora 8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na incrível poesia de ESTHER ALCÂNTARA : DESACATO A vida vale mais que um sorriso enquadrado no porta-retratos onde você pendura a chave e se ancora até ser um delicado peso de porta Vale virar a chave soltar os cabelos e as mãos  Porque precisamos do ato do desacato E o maior desacato é viver apesar de (* poema publicado em  Conexões Atlânticas - Antologia II , p. 88 e no livro Porque em relevo se revelava o verso , p. 93) -*- foto/poema do arquivo pessoal da autora  -*- OCASO   Doem-me entrelinhas que nunca escrevi espinhos do leitor que não se adivinha  go

Coluna | Preciosidades Antológicas 05 - três autoras

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|  coluna 05  | Preciosidades Antológicas - três autoras Eliana Mora, Elisa Campos e Esther Alcântara por Chris Herrmann Na coluna de hoje, destacamos o poema das três autoras acima, da  I Antologia Digital de Poesia Porque Somos Mulheres , lançada em Maio/2020 pelo selo Ser MulherArte Editorial . Foram 149 poetas selecionadas e/ou convidadas das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito selo Ser MulherArte Editorial, 2020

Fernanda de Paula e a poesia de sua janela enluarada

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Letícia de Paula Pôr do sol de outono dói mais.  Mesmo quando  uma imensa alegria me acena  por detrás  de montanhas azuis, essa saudade gorda  faz o  que vejo pela janela vestir um brilho úmido  de  lágrimas. A luz do ocaso é cor sem nome.  Ressoa  grave, em lilás desmaiado,  levemente coberto  de uma poeira vagarosa  de terra vermelha.  A alma acorda sonolenta,  os olhos enfumaçados  de preguiça e canção.  Tudo no entorno é velho  – também minha voz.  Viver parece coisa antiga.  O amor boceja. Letícia de Paula   Com a garganta dormente de tudo que não disse quando podia,  lavo o peito da saudade.  Costumava colher florinhas amarelas no mato. Só, por detrás das encostas da imaginação, observava uma velha  plantadora de árvores no meio do deserto. Pensava o que aquela mulher  de tez engruvinhada de histórias tanto escondia no chão,  as mãos de desenterrar sonhos...  Com que leveza d’alma ela regava  as

A luz da poesia de Clarissa Macedo

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imagem: pinterest o evangelho segundo a cotação do dólar para Nílson Galvão o padre-pastor, que levanta a calça do menino com o novo testamento em punho, chora feito criança quando vê a cara do dízimo na bolsa de valores em ações da santa amada igreja que veta a prole do terceiro sexo, que treme o cajado na escola dominical e aperta o cinto que bateu na mulher em casa porque ela fez o café errado. ¾ deus, esse homem! me dá sua camisa de sangue, por favor, mediante boleto bancário, e ficarei curada da doença, da chaga, da dor do que ainda resta de mim, esse punhado de fantasia e fé que só teve da vida a rima da ilusão. Coma Todos os dias veste a coleção de tragédias e sai: visita o trabalho compra pão escolhe no carro o lugar de seu destino. Todos os dias é um corpo inflamado que persevera os aparelhos ligados mastigando a solidão de meia vida. Com os vazios todos num cortejo escolhe o desastre que melhor veste e parte para

Uma crônica homenagem - Por Esther Alcântara

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Ary Ferreira A duras e doces penas por Esther Alcântara Era meio da tarde, mas precisei acender a lâmpada do quarto-escritório porque escurecia mais cedo n a iluminada Salvador. Janela aberta ao alcance dos olhos, voltei ao computador, feliz por ter um pequeno trabalho de revisão em plena quarentena. De repente a explosão de luz, um estrondo... Gritei! Como eu, o computador também reagiu aos relâmpagos e trovões: desligou na minha cara, deselegante. A lâmpada também se apagou, e todas as luzes do céu iluminaram as árvores do morro à vista, adentrando a janela. Foi tudo ao mesmo tempo, e no instante seguinte constatei ainda estar viva. Lembrei de como minha mãe me acalmava: "Quem morre de raio nem ouve o relâmpago". E aconselhava: "Desliga tudo"; "Melhor deitar". Eu e o Tom obedecemos e nos deitamos. Nenhum de nós já havia sentido tanto medo ante a chuva e seus "acessórios". Raios e raios e raios... por pelo menos uma hora, sem

A poesia contundente e bela de Iolanda Costa

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Herança O ponteiro sela a hora e nunca estivemos tão próximas, assim, como quando faltou-lhe a respiração. O corpo crescido do outro, o corpo devotado do outro, a gene, a cromossomática generosidade das seres que se perpetuam em assíduo encarne: cabelo trompa boca lábio vulva mama. A mãe morta. Hipátia As bruxas fazem ciência e vaticinam. Seus óvulos trópicos esperam a terra adorada, a que não vem o ventre invertido que não gera. Vertem seus mênstruos a cada lua e buscam a si como oroboros loucos e dissidentes. "Toda quintessência é uma pedra que não é pedra” , dizia Maria (a de Alexandria) a que calcinava enxofre e cobre. áries a mulher em cópula refebra o signo viva tão híbrida feito uma rosa de silfo na abóbada deva tão mônada feito um ornado de silvas no carneiro áries em asa e azuis teus cornos: - corpo celeste como rama de losna     ultramarina    então o mar, i