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Como amam as mulheres? | Coluna de Isabel Furini

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  | Coluna 1 | COMO AMAM AS MULHERES? Para responder essa pergunta escolhemos cinco poemas: Deslocamento de Isabel Furini, Simplesmente Sol de Francine Cruz, O amor de Angela Dondoni, Magia no meu dia a dia de Valeria Borges da Silveira Chocolate Quente de Elieder Correa da Silva. ISABEL FURINI : Deslocamento  ...e a paixão agita o músculo cardíaco  circula pelos ossos esconde-se entre as pálpebras descobre antigos alfabetos transforma-se em poema e pula sobre os muros  e grita  e blasfema. ** FRANCINE CRUZ Simplesmente sol “És o levante, és o sol! Eu sou o gira, o gira, o girassol.” (Cântico, Vinicius de Moraes) Você é o único que me aquece Quando o frio é em minh' alma Tua voz seu gelo derrete Teu sorriso meus medos acalma Com tua luz a me iluminar Sou purificada, ao céu sou elevada E lá contigo fico a bailar Sua estrela, namorada Sem você não haveria vida Que valesse a pena ser vivida Meu calor, minha luz, meu amor Simplesmente sol! ** ANGELA DONDONI O AMOR O amor não é efêmero

A POESIA MÚLTIPLA DE ISABEL FURINI | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na poesia múltipla de ISABEL FURINI : VAN GOGH Ulula o chicote do tempo no vulcão das horas, e no local absurdo,                        tétrico, do porão da mente, o brilho dos quadros cinzela as noites de insônia. Enquanto emoções disputam espaços, a orelha - banida do tempo - impulsiona-se para a eternidade. (* poema publicado na 'Zunái - Revista de Poesia & Debates') -*-           -*-           QUARTO SEM SOMBRA Esquecido do mundo, Van Gogh pinta. Seus quadros são cartografia de subterrâneos anseios tatuados no corpo e nas mãos. O eu instintiv

TRÊS POEMAS DE ISABEL FURINI

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fotografia do arquivo pessoal da autora   IRREVERSÍVEL    No espelho, os olhos perdidos da infância no céu, entre nuvens de ideias e de sonhos a réplica da barca de Caronte atracando nos cais da velhice talvez foi ontem ou anteontem que alguém me disse: “não existem vias para o arrependimento a vida é uma estrada sem retorno” . * imagem: DeviantArt, via Pinterest PERSPECTIVAS  Entre luzes e sombras a esperança (fantasiada de borboleta) ondula sobre as pétalas das rosas voa sobre as flores silvestres e faz milhares de desenhos   geométricos visando felizes perspectivas mas, durante a noite os desenhos são apagados pelas lágrimas violetas das prostitutas transfiguradas em gárgulas de pedra - pobres seres condenados ao abismo  e a ter (diariamente) o fígado devorado pela falsa e cruel moralidade humana. * imagem: Maisons des jardins, via Pinterest  BORDAR SONHOS?   coloco o fio de seda na agulha cada fio de seda que se arrebenta provoca

Um ensaio de Isabel Furini | A Poesia e sua Função

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  Imagem de Willi Heidelbach por Pixabay. Um ensaio de Isabel Furini A POESIA E SUA FUNÇÃO     Introdução Quando falamos de poesia precisamos entender que entramos em um campo com múltiplas visões. Alguns consideram que um poema de qualidade deve ser sofisticado; para outros, o poema revela a alma de um povo e, por isso, deve ser desprovisto de palavras inusuais e de construções complicadas.   Tive a oportunidade de ser jurado de alguns concursos e foi muito interessante perceber que cada um dos componentes das equipes (professor, jornalista, escritor, poeta, crítico literário, editor, membro de alguma Academia de Letras ou bibliotecário), tinha uma opinião formada e difícil de modificar. Alguns amam poemas com rima, mas na opinião de outros ela torna o poema limitado, pois é preciso escolher palavras pela terminação e não pelo significado.   Um grupo considerava a poesia como expressão da alma; já para outro a poesia  exige um trabalho apurado para escolher as palavra

Seis poemas de Isabel Furini | "Existência"

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  Imagem de Schäferle por Pixabay . Cinco poemas de Isabel Furini EXISTÊNCIA   istmo entre a vida e a morte a existência humana é uma ponte                         sobre o vazio - um momento do rio de Heráclito.     Imorredoura   Mora além             do espaço                         e do tempo ela não se limita não se debilita e não admite confinamento   às vezes morre, mas ressuscita pois a ternura é infinita. Imagem de Free-Photos por Pixabay.   No silêncio   Atravessei a Via Láctea com a imaginação enquanto a minha alma dormitava no silêncio do amor.     Viagem poética   Viajei pelo mundo para observar os poemas e a Poesia percebi rumos fixos e travessias vi grandes mentes que poetizavam e pequenas cabeças que riam mas foi nula a minha artimanha pois a Poesia é paixão mora na alma e morde e arranha os conceitos sustentados pela razão. Imagem de Felix Merler por Pixabay.   MENSAGENS   As cartas

Isabel Furini & Luciane Valença | 5 poemas 5 telas

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Atitudes femininas Desenterrar os álbuns de fotografias e triturar com os dentes as lembranças dolorosas mastigar os rancores com gestos de troglodita matar velhas ilusões como os santos e os eremitas pendurar nas cortinas de crochê as sombras da eterna mágoa e dos antigos amores para que a luz do Sol elimine o mofo e as traças que se alimentam das lembranças e das emoções renascer como a ave Fênix – livre, cofiante e decidida a iniciar uma nova fase da vida. Luciane Valença A voz do feminino Nesta época a luz recua e é de tule a Lua e o Sol é de veludo dourado e enceguece às mulheres enquanto a Lua resplandece e fala : é preciso que o eterno feminino seja transformado em um sino e que vibre nas gargantas é hora de reunir forças uma nova Idade Média está batendo à porta é preciso defender com força a premissa “nenhuma mulher deve ser submissa!” Luciane Valença Frágil? Os corvos do oca