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Vozes Negras importam - e brilham

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Tiago Moura Januário Poetas Contemporâneas Panfleto para Pirilampos e Magnólias Há um aneurisma no cérebro do País Esperando o tempo da explosão. Pirilampos apagados Buscam faróis na noite da Baía, No mistério do dique, das docas. Celebro manifestos insurrectos Onde a Poesia cataclisma, Hekatomba. Estampo relâmpagos nos muros. Uma hemorragia inunda De sangue o oxigênio das horas. O sangue pletora utopias, risos e chamas. Apesar da grande noite que se abate sobre o País, O combate permanece no silêncio das tumbas, Na obscuridade dos pesadelos, Nas vontades recolhidas por Blimunda. O horror retumba sobre as casas. Enquanto engenho palavras E lavro novos âmagos. Na Colômbia, Há Ceibas na estrada para Córdoba, E suas raízes guardam segredos De viajantes, de plantadoras de café, De homens que bebem a noite E sorvem nossas magnólias (Magnólias brancas de Billie). Mulheres que mascam tristezas, fumos. Ceibas mulheres que sustentam o céu, E acolhem a

A Poesia Contundente de Jovina Souza

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            MEU BATISMO Quando eu nasci Iansã me abraçou e disse: - vem negra mulher pegar os verbos da tua vida. Escolhi lutar pra vencer amar só pra gozar, desobedecer pra existir. Aceitei repartir e continuar, ela disse ok com o polegar, eu segui. O AMOR NO MUNDO O amor é lâmina na letra, palavra do verbo dilacerar é limite e silêncio. Nada há além da sua rasura que se abre perene, úmida anômala desenhando sua semântica. E sua lira é forjada nos versos de uma esperança que não é suave nem lúcida. BIOGRAFIA DO MEU CABELO Meu cabelo é duro, levantado. Meu cabelo é duro, empinado. não molha com pouca água, não fica domesticado. Quando parece macio insurge-se, espetando pra todo lado, e, aos relatos brasileiros, acrescenta outros dados. Veio na cabeça de reis, rainhas e de toda gente preta sabida, honrada. Trouxe cantos, ciência e filosofias tirou riquezas dos rios, d