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Vozes Negras importam - e brilham

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Tiago Moura Januário Poetas Contemporâneas Panfleto para Pirilampos e Magnólias Há um aneurisma no cérebro do País Esperando o tempo da explosão. Pirilampos apagados Buscam faróis na noite da Baía, No mistério do dique, das docas. Celebro manifestos insurrectos Onde a Poesia cataclisma, Hekatomba. Estampo relâmpagos nos muros. Uma hemorragia inunda De sangue o oxigênio das horas. O sangue pletora utopias, risos e chamas. Apesar da grande noite que se abate sobre o País, O combate permanece no silêncio das tumbas, Na obscuridade dos pesadelos, Nas vontades recolhidas por Blimunda. O horror retumba sobre as casas. Enquanto engenho palavras E lavro novos âmagos. Na Colômbia, Há Ceibas na estrada para Córdoba, E suas raízes guardam segredos De viajantes, de plantadoras de café, De homens que bebem a noite E sorvem nossas magnólias (Magnólias brancas de Billie). Mulheres que mascam tristezas, fumos. Ceibas mulheres que sustentam o céu, E acolhem a

Lílian Almeida - Poemas do livro Pulsares

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Óleo sobre tela por Luciane Valença Crisálida Grávida do ser que me habita vou parir a mim mesma. Outra. Quando a lua anunciar negruras já serei o que sou. Mariposas cintilam lilases voos e auroras. Luciane Valença Fênix Para Rita Santana No chão, os meus restantes. Estatelei-me no voo. Esfacelada, a altura era o solo. Uma asa esmagada um pé quebrado os olhos parados o tronco desconjuntado. Restantes em fragmento do que te dei inteiro. Recolhi as partes. Lavei com lágrimas sequei com rotos sorrisos. Secreto unguentos de sangue e muco e cicatrizo os cortes. Suturo as dores com o preto fio dos meus cabelos para deixar marcado, no corpo da fênix, a porção mulher que há em mim. Cio A fêmea exala o cheiro rubro da vida *** Céu A areia luzia no firmamento dos corpos nus. *** De cor na cidade alba os olh