De sacadas e varandas | Marilia Kubota
MOSAICO Coluna 28 – Crônica DE SACADAS E VARANDAS por Marília Kubota Moro num pequeno apartamento de um quarto, no centro de Curitiba. Há uma sacada para a rua, para a qual, há alguns meses, arrastei a mesa de trabalho. Assim posso receber mais luz, à tarde, e ver o sol se pôr. Dali, vejo apenas dois vasos da área comum de meu condomínio, as lixeiras, os prédios vizinhos e um trecho da rua. Na casa de meu pai, em Paranaguá, ao contrário, há uma grande sacada dando para a rua. Lá dá para ver uma praça onde está instalada a Biblioteca Pública Municipal, um estacionamento, várias casas, muitos prédios. Estou tergiversando sobre vistas de sacadas. Gostaria de falar sobre a vizinhança. Meu vizinho em Curitiba tem gaiolas com pássaros que cantam durante quase o dia inteiro. No início da pandemia, enquanto eu cumpria o isolamento social restrito, eram eles que me alegravam. O vizinho da casa de meu pai também cria pássaros. E plantas. Da janela de meu quarto, dá para ver um mamoe