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Para não dizer que não falei dos cravos 13 | UMA CRÔNICA DE DIAS CAMPOS

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Para não dizer que não falei dos cravos (13) Uma crônica de Dias Campos   " PARA O TÉDIO,  O TREINO" Às vezes me pergunto por que tantas pessoas se entregam ao tédio? Como se o dia não lhes oferecesse diversas oportunidades para reconhecerem o quanto a vida é pulsante.  Pois demonstrarei que em um simples passeio, mesmo que curto, muitos eventos, bons e ruins, estão aí, pululando, ávidos por serem percebidos. Para isto, contudo, será preciso que mudemos o nosso hábito, de ver para enxergar. Neste sentido, por levar uma vida sedentária, o meu médico determinou que caminhasse pelo menos uma vez por dia. Posteriormente, quando já tivesse adquirido certa resistência, deveria escolher algum esporte; e que, por óbvio, não poderia ser o levantamento de garfo. Como não quero pegar o carro para ir ao parque, o que implicaria perda de tempo e gasto de combustível, escolhi o percurso de um quarteirão ao redor do meu prédio – O quanto deveria andar não foi especificado pelo referido ...

"8 DE MARÇO" EM POESIA E PROSA| NIC CARDEAL

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fotografia do arquivo pessoal da autora   NÃO HÁ O QUE TEMER  'Bela, recatada e do lar'. Bela, sim. Faço questão.  De resto, não.  Destacada da tua ilusão.  Muito longe das tuas mãos.  Os recatos, sou eu quem escolhe. Dentre eles, me resguardo  das tuas maldades, me acautelo dos teus conceitos, tenho cuidado com teu machismo. O comportamento decente? Esse, com certeza, tu nem sentes! Sim, sou singela, modesta, contente, mas não me vejas incoerente. Sou ética, inteligente, há quem diga que tenho talentos, até na coragem guardo meus medos, sou honesta, sensível e  até tolerante.  Podes crer: não me disfarço,  nem me escondo em mulher commodity (na triste faceta  do teu nada político machismo). Mea culpa é corrente: sinto vergonha, rubor, até pudor, mas também tenho minhas vaidades: prefiro verdades sem receios, conchavos, conluios ou artifícios. Quanto ao lar? Tenho sim, não abro mão. Graças ao trabalho: o meu ganha-pão (esse, por ce...

A POESIA INTENSA DE MALU BAUMGARTEN | PROJETO 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. "Dias mulheres virão",  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mergulhe na poesia intensa, indignada, questionadora e profunda de MALU BAUMGARTEN : FLORESTA Guardo segredos de raiz e lama poças d'água, sol no chão  verde e fresco o ar da rama dentro de vivas folhas o botão.  Boreal, sozinha, levo em mim o tempo que passou e está por vir, o círculo que nesta vida assim, é sempre um eterno repetir. Aqui na escuridão, sou começar e adentro meu tempo é espiral, mas se os pássaros cessam o cantar não celebram um novo roseiral Sou a fonte e a curva deste sim e quando mais não for será o fim. (p. 19) imagem ...