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Nietzsche conto! 02 | Eu conto ou você conta? por Chris Herrmann

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| coluna 02 | EU CONTO OU VOCÊ CONTA? por Chris Herrmann Allan Põe palavras: “ainda tô contando os corvos.“ Simone de Bom Ar: “o conto é misógino... por que não uma conta?“ Boka Lokowski: “só conto comigo e o meu cigarro“ Manoel João de Barros: “um passarinho me contou“ Freude-se: “já lhes contei que a culpa é da mãe“ Bispo Mais Sebo: “estou escrevendo o conto do vigário“ Fernando Mil Pessoas: “eu conto com os outros que há em mim“ Drums Mond: “antes eu contava as pedras enquanto caminhava. agora são elas que me contam, enquanto me diluo nesse caminho infinito de poeira cósmica“ Rubizão: “amanhã eu conto“ Garotão: “só conto pro meu advogado e pra mamãe“ Neverson Rodrigues: “eu conto e canto outras“ Delator premiado: “eu conto tudo que você quiser que eu conte“ Trumpeiro: “eu só conto com a minha superioridade!“ Ih, Manuel: “não kant comigo!“ Temeroso: “conto com a minha aposentadoria“ Morro: “e eu com a minha, Temeroso. Só não conte a ninguém os meus planos pra 2022” Maluca Mulher: “já

Nietzsche conto 01 | Do avesso ao verso

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| coluna 01 | Nietzsche Conto - Do avesso ao verso por Chris Herrmann Naquele dia quente, eu completava 501 anos, com cara de ‘brotinho’ de 45, quer dizer, 445 anos. Meus descendentes formavam metade da população de Duisburgo, aqui na Alemanha. Todos muito ocupados para comparecer festinha que não foram convidados porque eu não queria, enviaram seus hologramas para me parabenizar. E eu, tadinha, muito ocupada com meus exercícios (débeis) mentais, agradeci a todos em todas as línguas que estudara nos últimos 400 anos. Ou seja, todas as línguas esquecidas e mortas do planeta. Porém, ninguém me entenderia, ainda que tivesse prestado a atenção. Em seguida, estava me preparando para dizer AGORA CHEGA, DEIXEM-ME IR EMBORA PRA CATENDE, quando uma criança de uns 5 anos, que não era um holograma, se aproximou de mim e me perguntou em uma língua que eu ainda não tinha estudado mas compreendia, sem nem mexer os lábios: “Vó Chris, você está triste?” E eu: “Sim, penso que me transformei em uma selv