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Preta em Traje Branco | Quarteto de Versos de Valéria Rufino

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Coluna 34 Foto Nika Akin by Pixabay Quarteto de Versos de Valéria Rufino 1. Corda Acorda Por mais um passo, Um segundo e... A corda Segura-te o corpo Balançando sobre a doce ilusão Ilustra a janela do seguro Que prudente não serra os olhos Temendo sonhar. 2 . Asterisco Iscnofônica e inerte Anseio por sua leitura No pé da página de meu ser Contida entre os dedos contraídos A frase... Te quero, te amo, leia-me Sinto meus olhos como asteriscos Saltitantes desejando festejar... Jardim!!! Sem-terra, sem água... Folha seca. Viro o rosto, fecho os olhos, Volto a página Impossível a mesma leitura Sem nota de rodapé Sem pé, nem pescoço Osso roído de medo do não Comeu-se todo Sem jamais saber Se ouviria o sim ou o não.   3. Fazer Fazer Do inicio ao fim Traz prazer Assim, sente o homem No objeto Concreto A abstração Coloca-se no mundo É parte do mundo Do homem ao homem Nos vegetais Que semeia, cultiva e colhe

Preta em Traje Branco | Três Tretas de Valéria Rufino

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  Coluna 22 Três Tretas de Valéria Rufino Chuva Chovendo a vida Correndo sangue abaixo, a chuva Soluços, sorrisos, gritos e abraços Evaporando sentimentos, sentindo momentos Guardados em nuvens de pensamentos... mente... menta...   Chove em cima da cabeça... chuvas caem sem cabeça. Molha o coração... que soa queda d’água Navega e retorna ao nada, nadando na amplidão Sonhando à sombra do real Sentando na macia anormalidade de um ser normal.   Fechando os olhos Que sorriem o riso dos lábios Lacrimejantes lábios Osculando a libido da meditação...   Só palavras soltas Soltando num hálito O orgasmo de um grito sangrento   Os olhos se fecham para ver E sentir as batidas Caladas pela eletricidade   Olhos fechados, sorrindo sempre Vendo tudo e sempre *****************************   Decomposição                  ação                  imã...terra                           era de DES                                               NUDO

Preta em Traje Branco | Versus in Veritas de Valéria Rufino

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Coluna 16 Versus in Veritas de Valéria Rufino Fonte: pixabay.com Sonhos Toc, toc, toc são passos Tocando o assoalho de um velho casarão Da escadaria rola um corpo Gotas de vinho chileno Lambuzam o cálice Na mão de uma criança Que olha a cena Sentindo calafrios Tremendo as mãos e os olhos Chora um sorriso fingido...   Sensores Ouvido tem, Cabeça sem orelhas. Armado tem, O nariz que não cheira. O gosto tem, Sabores de não... O pão que levo à boca Tem o odor derretido Da tua saliva. Tragará a dor De me ter, Sem a mim dar valor.                           Valor...                           Valores... ... A tradição                    Que não queria                    Está presente ...Inconsciente... Fim Este é o fim... Entre linhas  o vazio Preenchido pelo obscuro laço da prisão A palavra envolve a mente Como a forca degola a força A altivez do homem Onde a tinta não chega A alma poética Marca sua presença O fim está nas linhas Traça

Preta em Traje Branco | Trinômio de Valéria Rufino

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  Coluna 11 Trinômio de Valéria Rufino Um grito para Herzer Tem um pássaro que canta a liberdade em sua prisão. Ele é lindo, e alguém que não se conhece bem o tem. Ele canta... “Eu tô só, num canto” No espelho, o alguém está se vendo, Eu solta, pessoa, me vendo.   Então usam-me, se esbaldam.  Matam-me e se perdem Ressuscitam-me, mostram-me e escondem-me Deixam-me em pranto  e forçam-me a sorrir No entanto, vestem-me ao sol, despem-me no frio. Meu corpo vazio, Sem desejo... no cio. Nesse mundo sombrio, que me leva ao delírio do instante que passou. E aquela vida que eu sonhei ontem amanheceu morta. Essa morte eterna da vida, Vem castrando os meus sentidos, Vem corroendo os meus gemidos. Eu vou escorregando de mansinho, Indo ao encontro radical. À raiz do pilão, s ocada, moída, Está o ser, a razão... Da pessoa humana natural, Da vida do ser individual. Inspiração “A Queda para o alto”, a história de Sandra Mara Herzer Coisas da vida I Eu choro na noite, e me encolho  embaixo dos cobe

Preta em Traje Branco | Quinteto de Versos de Valéria Rufino

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Coluna 7 Quinteto de Versos de Valéria Rufino Poesia Não se explica Mas implica   Olhos sem pálpebras Vou fechar os meus olhos e me perder no vazio. Dentro da escuridão imensa, Onde eu não veja o sofrimento, nem tão pouco me sinta inútil. Nesse vazio na alegria mortal Na vida sinto a morte como um pulsar de dor intensa, Ah! Essas células que me foram impostas, Vida que eu não te quis, Vida pela qual nada fiz.   O sol brilha iluminando a podridão, o vento sopra a poeira do chão em olhos sem pálpebras, de um ser quase inato, Que sofre sem ter Que morre sem ver.   Eu durmo em minhas críticas, e acordo navegando em súplicas. Não quero mais abrir os meus olhos, quero dormir eternamente, pensando na morte é que me sinto gente.   Cotilédone Nascer é sentir o prazer esgotante da primeira respiração. É esticar as pernas pra fora do corpo de uma mulher, Como a primeira folha que surge do sêmen. Mostrando sua cor verde na terra v