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Música e poesia - O fazer artístico de Maria Cristina Arantes

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Aquarela de Luciane Valença Essa é uma matéria que exige um prólogo, uma apresentação, porque Maria Cristina Arantes ou melhor, Cris Arantes, é uma artista popular que transita por diversas áreas. Escreve poemas, toca instrumentos, compõe canções e empreende atividades junto a abrigos de idosos com apresentações musicais, assim como, participa ativamente de saraus, com sua música e poesia. Uma pessoa que encara como missão, a sua atividade musical e poética, no sentido de minimizar a solidão e carência dos ocupantes de asilos onde promove apresentações com o seu grupo. Um texto da própria Cris, explicita melhor essa questão. Minha missão por Cris Arantes             Um dia recebi uma missão. Fui fazer aula de violão, disse ao professor que não tinha pressa no aprendizado, porque não tinha o objetivo de ser artista. Durante uma aula, o meu namorado perguntou ao professor se eu estava indo bem. A resposta foi que se eu me esforçasse poderia estar melhor, fiquei nervosa e res

Lia Sena - Seis poemas publicados em livros e um a publicar.

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Fotografia por Marcelo Sena : ponderações quase certo que a oficina de risos fechará as portas às três. [o expediente será quebrado] se o senhor das lágrimas insiste em implantar seu feudo em arrolar escravos aliciar as dores o que fazer pra se manter imune dono do seu próprio reino? como bater altivo no peito e gritar bem alto - sou dono do meu latifúndio? quase certo que resistirão os fortes guardarão os bosques enfeitarão os lagos com mágicas estrelas quase certo que a fúria implacável de monstros não resistirá aos anjos. [haverá plena colheita] e se não assola a fome, os homens a festa será plena. todos os moinhos girando todas as portas abertas. até as seis. Em De foro íntimo (Penalux/2018) Desenho por W. Patrick modus operandi recomendamos um certo ar blasé. nenhuma gentileza explícita nenhum olhar condescendente. os cabelos muito bem alinhados sempre. nenhuma felicidade aparente. nenh

Cinco poemas da Escritora e Atriz Lota Moncada

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Todo dia cai todo dia cai  um porta-retratos vento não gosta  de passado deixa deitado me dizem assim o vidro  não quebra mas quero ver  de relance  a sombra da vida  que era ** Ouso me olhar Hoje, a paz veio me abraçar. E uma aragem me despenteia e arranca do meu miúdo silêncio. Aprendi a ameigar, abrandar até quase desaparecer. Mas, cresço, corro, voo, chego, e fico. Visto a roupa da coragem, porque é preciso. Só sendo aluado, um tanto doido, desatinado, para se olhar de frente, e se ver, para achar onde pousar a vertigem, a adrenalina desbordada, tanta vida maltrapilha, tanta ferida sangrada. Noiva do vento descubro-me ar, que me expira e te inspira, que filtra a existência e te penetra, me respira, me pulsa e te prenuncia, no precioso ato de sorver a vida. Sou a musa de um olhar, a espada do encanto, a atriz da fábula sem fala, a bruxa do conto. Sou a que teme, mas chega. A alm