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ERA UMA VEZ 13 I A memória na literatura infantil da escritora Paula Perin

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  " Enquanto isso, Ditinho Mal conseguiu trabalhar, Pensando no seu sapato, No seu baú a brilhar... Passou o dia doidinho Querendo o bichinho calçar! Esses são alguns dos versos que compõem a história de Ditinho do livro O sapato de Ditinho da escritora Paula Perin. Paula Perin é doutora em Linguística, professora de Escrita Criativa e Acadêmica, autora de “O sapato de Ditinho” e “O drone de Tonico”, idealizadora do Projeto “Escrita que Transforma” e do “Literatura sem Fronteiras”. "Depois de um longo período tentando me encontrar na vida, de me privar dela para dar conta dos desafios de conciliar carreira, estudos e família, encontrei na escrita uma forma de me conectar com minha criança interior e resgatar as coisas importantes que me fazem feliz.  Uma dessas coisas é a escrita literária", revela a escritora. Desse processo de reinvenção, surgiu seu primeiro livro, O sapato de Ditinho , livro inspirado em uma memória da sua infância. Ditinho era o nome ca

ERA UMA VEZ 12 I A escritora e ilustradora brasiliense Grazi Ferreira

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  “E mais uma vez, num passe de mágica, seu desejo foi atendido e Giovana voltou a ser a menina de sempre. Sentiu aliviada ao se ver refletida no espelho” . Esse trechinho faz parte do livro O anel da fada Pléin da escritora e ilustradora Grazi Ferreira. No livro   Giovana é uma garota que quer ser igual às outras e espera que fada Pléin atenda a seus desejos usando o anel mágico. Mas a fada tem outros planos, e quer que a menina entenda que bom mesmo é sermos diferentes. Esta história mostra que é importante se conhecer e construir a própria identidade, desenvolvendo autoconfiança e uma imagem positiva de si. Graziele Ferreira é brasiliense, formada em Pedagogia, mãe, escritora e desenhista infantil. Inspirada por sua filha, começou a colocar em prática um desejo antigo de dar vida aos personagens infantis. Desde criança Grazi desenha e cria personagens, também fazia livros artesanais, porém esses trabalhos sempre ficaram guardados e foram vistos apenas por pessoas mais próximas; e

Era uma vez 11 I Literatura infantil inclusiva da brasiliense Alessandra Alexandria

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“E a menina emocionada deixou um belo recado para todos que não se aceitam como são.  Ela ensinou que nós somos diferentes e únicos.  Algumas pessoas são baixas, outras são altas.  Algumas tem a pele clara, outras tem a pele escura  e também tem as pessoas com alguma deficiência física,  mas nada disso importa, precisamos respeitar o outro como ele é.”   Esse trecho pertence ao livro A borboleta e a menina da escritora Alessandra Alexandria. A Borboleta e a menina foi uma história criada no último estágio na Faculdade de Educação da autora. “Fui professora estagiária de uma aluna especial na educação infantil. Ela uma criança linda, impossibilitada de andar. Adorava borboletas e gostava também de segurar a corda para os amigos brincarem de pula-corda. Foi ela quem me motivou escrever esta história”, nos conta Alessandra.  A história gira em torno de uma menina com deficiência física, que tem muitos sonhos e gostaria de ser uma borboleta para conhecer vários lugares. E a borboleta

ERA UMA VEZ 10 I A magia da infância na literatura infantil da escritora Maíra Gomes

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  “O Tempo é o culpado, Que não ouve o meu pedido. Não custa nada passar voando Quando não estou contigo.”                 Esses versos fazem parte do livro “ A Menina e o Tempo ” da escritora Maíra Gomes. Maíra Gomes é jornalista de formação e escritora por convicção. Sua porta de entrada para a literatura infantil foi a maternidade.  “Eu sempre escrevi, mas foi por causa do Caio que voltei meu interesse para as histórias infantis”, conta. O livro “ Infância ” foi escrito em 2012. A história é curiosa porque em momento nenhum a poesia, cujo título original era “Saudades da Infância”, foi escrita para crianças. “Era eu, alimentando a criança que fui, em um dia de muita saudade da minha avó. A poesia ficou guardada até que um dia recebemos alguns livros do projeto Leia para uma criança, do Itaú.  Percebi que um dos livros se assemelhava muito com a minha poesia, não no conteúdo, mas na forma, e isso me fez despertar para o desejo de publicar um livro”, revela a autora. Infânci

Era uma vez 9 I A representatividade na literatura infantil da baiana Cassia Valle

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  Cassia Valle é baiana, atriz, museóloga, historiadora e escritora. Ficou bastante conhecida em sua participação no filme Ó Paí ó, interpretando a personagem Mãe Raimunda. Segundo a escritora, sua missão é representar e atuar na orientação e implantação de procedimentos artísticos, educativos e culturais ligados à preservação do patrimônio cultural afro -brasileiro. Durante um projeto chamado “Patrimônio Cidadão”, em parceria com Luciana Palmeira, no qual visitavam comunidades para saber o que seria patrimônio para as crianças, com o objetivo de falar sobre museu e patrimônio, e tirar a ideia que museu é coisa velha e enferrujada, foi que Cassia e Luciana se aproximaram da temática. Assim nasceu o livro “ Calu – Uma menina cheia de histórias ”, para que as crianças daquele local se sentissem representadas em uma obra que a personagem principal é preta e a capa é preta.  O livro traz uma poesia de uma criança que se reconhece na poesia e na arte como um todo. Calu, uma menina cheia

ERA UMA VEZ 8 I Paixão pela literatura infantil: a encantada ilustração de Mary Mos

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  Mary Mos é ilustradora de literatura infantil e livros didáticos há seis anos. Seu começo nessa arte foi acontecendo de forma bem natural. “Na minha vida tudo sempre foi relacionado ao fato de eu saber desenhar. Comecei como toda criança que desenha no jardim de infância e não para mais”, nos conta Mary. “Lembro que quando criança desenhava os trabalhos do meu pai, e ele tinha orgulho, fiz até uma deusa da justiça pra que ele colocasse no escritório”, acrescenta.   Como sua mãe era costureira, Mary já desenhava os modelos de roupas para as clientes. Ali, segundo a ilustradora, já era o treino para o que viria mais tarde. Seu primeiro contato profissional foi para uma empresa de fardamentos, que precisava de alguém que repassasse a limpo todos os seus modelos. Pouco tempos depois foi trabalhar no comércio do centro de Recife, onde atuou por 3 anos como figurinista, no entanto não estava satisfeita com o trabalho pois “tinha pena de vender tecidos caros pra pessoas muito simples”.